BUENOS AIRES (Reuters) - O Senado argentino debate nesta quinta-feira o acordo fechado pelo governo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para reestruturar uma dívida de 45 bilhões de dólares, com a qual o país busca deixar para trás uma grande crise financeira.
O acordo que o governo de centro-esquerda alcançou com o organismo no início de março foi aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados e para que possa se tornar lei precisa passar pelo crivo dos senadores, em sessão marcada para a noite desta quinta-feira.
"Este acordo nos permitirá acumular reservas, o que favorecerá as trocas da Argentina com o mundo e permitirá um crescimento sustentado", disse a senadora Sandra Mendoza, da coalizão governista Frente de Todos, durante o debate na Câmara Alta.
Espera-se que o projeto seja aprovado, já que conta com respaldo de um amplo setor da oposição de centro-direita, embora um racha por parte de alguns parlamentares do partido da situação coloque algumas dúvidas sobre o resultado da votação.
O mercado argentino operou em modo positivo no dia. O índice S&P Merval subiu 2,51%, e o risco-país medido pelo JPMorgan (NYSE:JPM) caiu 18 pontos básicos, para 1.762 pontos básicos.
(Por Nicolás Misculin e Walter Bianchi; com reportagem adicional de Lucila Sigal e Eliana Raszewski)