Por Cassandra Garrison
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Os contratos futuros da soja e trigo em Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira, impulsionados por um avanço nos mercados de energia e preocupações com as condições das safras dos EUA.
O milho fechou em baixa, no entanto, com as previsões do tempo mostrando condições ligeiramente mais secas que seriam favoráveis ao plantio norte-americano, disseram analistas.
Os preços do petróleo dispararam após um anúncio surpresa da Opep+ no domingo para cortar mais a produção, elevando os preços de algumas culturas que também são usadas para produzir biocombustíveis.
A soja permaneceu em alta depois que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) projetou na sexta-feira o plantio da oleaginosa para 2023 no país perto do limite inferior das estimativas dos analistas, e disse que os estoques de soja caíram 13% em relação ao ano anterior.
"É tudo uma questão de energia nos dando um impulso e, em seguida, um efeito de ressaca do relatório da safra", disse Don Roose, presidente da US Commodities.
O contrato de soja mais ativo na Bolsa de Chicago (CBOT) subiu 16,50 centavos para 15,22 dólares por bushel, depois de atingir uma máxima não vista desde 9 de março no início da sessão.
O milho caiu 2,75 centavos para 6,5775 dólares por bushel.
O trigo fechou em alta de 1,25 centavo a 6,9350 dólares por bushel.
Somando-se à incerteza da oferta de trigo, a Louis Dreyfus Company disse nesta segunda-feira que vai parar de exportar grãos russos a partir de 1º de julho, juntando-se a outros tradings globais na queda das atividades no maior país exportador de trigo do mundo.
(Reportagem de Cassandra Garrison na Cidade do México, Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)