Por P.J. Huffstutter
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros de soja negociados na bolsa de Chicago encerraram o dia em alta na quinta-feira, com uma onda de compras no final da sessão, enquanto o mercado lutava para obter clareza sobre o tamanho da safra brasileira, disseram os traders.
Tanto o Departamento de Agricultura dos EUA quanto a Conab reduziram suas previsões sobre o tamanho da produção da safra de soja do Brasil após o clima quente e seco.
No entanto, ainda não estava claro o quanto a safra poderia ser menor, já que as agências continuaram a pintar quadros diferentes, disseram os traders.
Enquanto isso, o USDA revisou para cima a safra recorde de soja do Brasil na temporada anterior e seus estoques finais de soja, de acordo com o relatório mensal de oferta e demanda mundial divulgado na quinta-feira.
"O que ele diz é que o ano passado foi uma safra recorde que não para de crescer", disse Susan Stroud, analista do boletim informativo No Bull e do serviço de consultoria de commodities.
"O Brasil não só teve uma safra recorde no ano passado, como também tem grandes quantidades sacas que ainda estão por lá", disse ela.
As safras do Brasil, maior fornecedor de soja do mundo, competem com os Estados Unidos pelas vendas globais.
Os futuros do milho ficaram brevemente positivos -- antes de voltarem a cair -- com a notícia de que a colheita brasileira é um pouco menor do que o mercado estava esperando, disseram os traders.
E os futuros do trigo continuaram a se sentir pressionados pelos sinais de queda nos preços do principal exportador de trigo, a Rússia, que reforçaram as preocupações com a concorrência acirrada nas exportações.
O contrato de soja mais ativo fechou em alta de mais de 4 centavos, a 11,935 dólares por bushel. O milho terminou em queda de 1 centavo, a 4,3325 dólares por bushel, e o trigo fechou em queda de 13,5 centavos, a 5,885 dólares por bushel.