Por Cassandra Garrison
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros de trigo e milho negociados em Chicago fecharam em alta na quarta-feira devido à forte demanda da China e à incerteza sobre um acordo de exportação de grãos do Mar Negro, à medida que o prazo final para validade do pacto se aproxima no final de semana.
A soja seguiu os mercados de ações e de petróleo em queda depois que o maior investidor do Credit Suisse (SIX:CSGN) disse que não poderia fornecer ao banco suíço mais assistência financeira e à medida que a colheita recorde do Brasil avançava.
O contrato de trigo mais ativo liquidou em alta de 6,50 centavos a 7,0275 dólares por bushel.
O milho fechou com alta de 5,75 centavos a 6,265 dólares por bushel. A soja caiu 4,50 centavos a 14,8925 dólares por bushel.
O milho teve um impulso na demanda depois que o Departamento de Agricultura dos EUA confirmou vendas de 667.000 toneladas de milho dos EUA para a China para entrega em 2022/23.
Os agricultores do Brasil, o maior exportador mundial de soja, colheram mais da metade de uma safra recorde esperada, segundo analistas.
"Eles têm muita soja para se livrar", disse Jack Scoville, analista do Price Futures Group em Chicago.
A incerteza sobre se seria prorrogado um acordo para permitir embarques de grãos dos portos ucranianos do Mar Negro continuou a elevar os preços, disseram traders, depois que Kiev rejeitou uma pressão russa por uma renovação reduzida de 60 dias.
A Rússia e a Ucrânia estão entre os maiores exportadores mundiais de milho e trigo e a criação do corredor ajudou a esfriar os preços globais das commodities alimentares, que atingiram recordes depois do início da guerra.