Por Tom Polansek
CHICAGO (Reuters) - As preocupações crescentes com as perdas de safra na região do Mar Negro fizeram com que os futuros do trigo da bolsa de Chicago subissem cerca de 6% nesta segunda-feira, na maior alta em um dia desde que a Rússia atacou os portos ucranianos e a infraestrutura de grãos em julho passado.
Os futuros da soja e do milho também avançaram.
Os traders se concentraram na Rússia e na Ucrânia, grandes fornecedores de grãos, onde as fazendas sofreram com as geadas.
Após o encerramento das negociações, o Departamento de Agricultura dos EUA reduziu em 1 ponto percentual sua classificação de bom e excelente para a safra de trigo de inverno norte-americana em relação à semana passada. Os analistas estavam esperando um aumento de 1 ponto.
Na Rússia, o maior fornecedor de trigo do mundo, o preço do trigo com 12,5% de proteína programado para entrega em junho subiu para 239 dólares por tonelada métrica (FOB) na semana passada, de 221 por tonelada na semana anterior, informou a consultoria IKAR.
Geadas severas no norte e leste da Ucrânia podem reduzir as colheitas de grãos e oleaginosas, alertou o analista APK-Inform.
"O clima no Mar Negro continua a ser de altista", disse Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities, sediada em Iowa.
O contrato de trigo mais ativo da CBOT,, subiu 37,50 centavos, encerrando a 6,8875 dólares por bushel, próximo à máxima de 10 meses da semana passada, de 6,97 dólares.
O milho subiu 8 centavos, para 4,605 dólares por bushel, enquanto a soja fechou 20 centavos mais forte, a 12,48 dólares por bushel.
As preocupações com as perdas de safra no Rio Grande do Sul, devastado pelas enchentes, ajudaram a elevar os futuros da soja, disseram os traders.