Por Sruthi Shankar e Medha Singh
(Reuters) - Os principais índices de Wall Street fecharam sem direção comum nesta quinta-feira, com ganhos em ações de crescimento compensando perdas em papéis do setor de energia, enquanto investidores aguardaram o relatório mensal de emprego dos EUA --a ser divulgado na sexta-feira-- em busca de pistas sobre o ritmo de aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve.
O índice S&P 500 fechou em queda de 0,08%, a 4.151,94 pontos. O Dow Jones caiu 0,26%, a 32.726,82 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançou 0,41%, a 12.720,58 pontos.
O Nasdaq, com forte peso de ações de tecnologia, renovou uma máxima em três meses, impulsionado por Amazon.com Inc (NASDAQ:AMZN) e Advanced Micro Devices, enquanto perdas na Apple Inc (NASDAQ:AAPL) e em ações de energia, incluindo Exxon Mobil (NYSE:XOM), pesaram sobre o S&P 500.
Preocupações com a desaceleração da economia global levaram os preços do petróleo ao menor nível desde antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro, e os rendimentos dos títulos dos EUA caíram depois que o Banco da Inglaterra (BoE) alertou sobre uma longa recessão.
Balanços corporativos fortes e uma recuperação surpreendente na atividade do setor de serviços fizeram os principais índices subirem acentuadamente na sessão anterior.
"O mercado está buscando direção após uma forte recuperação que aliviou o profundo pessimismo que permeava os mercados", disse Yung-Yu Ma, estrategista-chefe de investimentos da BMO Wealth Management.
"Muitos sinais indicam que a inflação atingiu o pico e a questão agora se volta para quão rapidamente ela recuará ou se componentes mais rígidos a manterão mais alta do que o nível com o qual Fed está confortável."
O foco na sexta-feira será o relatório de emprego dos EUA para julho. Qualquer sinal de força no mercado de trabalho pode alimentar temores de medidas agressivas do Fed para conter a inflação.
O S&P 500 sobe cerca de 14% em relação às mínimas de meados de junho, mas ainda acumula queda de 13% no ano, devido a preocupações com as consequências da guerra na Ucrânia, inflação crescente, surtos de Covid-19 na China e um aumento agressivo nas taxas de juros.