Genebra, 16 fev (EFE).- A Alta comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, vai pedir "tão breve seja possível" ao novo Governo egípcio uma visita para analisar in loco a situação dos direitos humanos no país.
"Pillay vai solicitar ao Governo egípcio que aceite uma missão oficial para visitar o país, vai fazer tão breve seja possível e esperamos obter uma resposta positiva", afirmou em entrevista coletiva Anders Kompass, diretor de Operações do Escritório da Alta comissária.
Perguntado sobre por que não pediu essa entrevista justificou: "Mubarak caiu na sexta-feira e ainda há um Governo que pertence a seu regime que tenta mudar as coisas. Temos contatos para que haja um espaço efetivo para fazer essa solicitação. Não têm nada a perder, ao contrário, ganha em credibilidade".
"Ainda não temos sinal verde, não houve suficiente aproximação para fazer um pedido formal, mas esperamos que isto ocorra rapidamente", acrescentou Rishmawi.
Kompass especificou que o fato de ainda não ter enviado uma missão especial "não quer dizer que não tenhamos informações do que está ocorrendo".
"Estamos ainda nos primeiros dias da era pós-Mubarak, as mudanças são positivos, excelentes, muito rápidos e, portanto, difíceis. As coisas ainda estão confusas. Não podemos esquecer que no caso de Tunísia, Ben Ali fugiu em 14 de janeiro e nossa missão não chegou até 26, é preciso dar tempo ao tempo", concluiu Rishmawi.
Com relação aos protestos e a revolta social no Magrebe, o Oriente Médio e na Península Arábica, Rishmawi relatou os "três princípios" que o Escritório da Alta comissária considera básicos para que respeitem os direitos humanos. EFE