Analistas chineses veem com precaução ascensão da China à 2ª economia mundial

Publicado 15.02.2011, 02:54

Pequim, 15 fev (EFE).- A confirmação da China como a segunda maior economia mundial em 2010 foi recebida com precaução pelos economistas chineses, que asseguraram que o gigante asiático "ainda tem que percorrer um longo caminho para melhorar economicamente", destacou o diário oficial "China Daily".

Segundo economistas como Lu Zhongwei, do Industrial Bank, a ascensão da China em detrimento do Japão "não é uma surpresa", mas deve ser acompanhado com o dado de que a renda per capita chinesa (US$ 4.300) é dez vezes menor que a japonesa.

"Não devemos superestimar o número do PIB, levando em conta que a população da China é dez vezes maior que a do Japão", ressaltou Yi Xianrong, da Academia Chinesa de Ciências Sociais.

O próprio chefe do Birô Nacional de Estatísticas, responsável pelos dados macroeconômicos chinesas, Ma Jiantang, ressaltou que a China tem outros problemas estruturais além de sua superpopulação, tais como "uma base econômica débil, poucos recursos e amplos povoados vivendo na pobreza".

Outros diários chineses ligados ao Governo, como o "China Youth Daily", descreveram a chegada da China à condição de segunda maior economia do mundo como uma "felicidade vazia", dado que o preço a pagar pela ascensão econômica foi uma forte deterioração ambiental e uma mão de obra com salários excessivamente baixos.

Ao mesmo tempo, a qualidade de vida, a educação e a saúde ainda não alcançaram os padrões dos países desenvolvidos, ressalta o diário, ligado ao Partido Comunista da China.

O Governo do Japão assinalou na segunda-feira que seu PIB totalizou US$ 5,47 trilhões em 2010, pelo que cedeu a posição pela China pela primeira vez em décadas, já que Pequim anunciou em janeiro um PIB de US$ 5,88 trilhões.

Há 20 anos, a China não estava sequer entre as dez maiores economias mundiais, mas em 1992 já figurava em décimo lugar, alcançando o sétimo posto cinco anos depois. Mais dez anos e o gigante asiático deixou para trás Itália, França, Reino Unido e Alemanha, tornando-se a terceira maior economia. EFE

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