Washington, 6 jan (EFE).- O plano dos republicanos na Câmara de Representantes dos Estados Unidos de revogar a reforma do sistema de saúde americano acrescentará US$ 230 bilhões ao déficit fiscal no ano de 2021 e aumentará o custo dos seguros de saúde, advertiu nesta quinta-feira o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, por sua sigla em inglês).
Em carta de dez páginas enviada ao novo presidente da Câmara, John Boehner, o CBO calculou que o projeto de lei para a revogação da reforma, apresentado na quarta-feira, "aumentará o déficit orçamentário".
Em particular, o documento preliminar assinalou que a anulação da lei aumentará o déficit fiscal em US$ 145 bilhões no fim desta década e em US$ 230 bilhões no ano de 2021.
Se a revogação for aprovada, cerca de 32 milhões de americanos perderão seu seguro de saúde em 2019, aumentando o número de pessoas sem cobertura médica para 54 milhões, segundo o documento do CBO, que também foi enviado aos principais líderes democratas e republicanos do Congresso.
Os republicanos, no entanto, que na quarta-feira tomaram o controle da Câmara, lançaram nesta quinta-feira sua campanha para tornar a reforma da saúde sem efeito, apesar da firme oposição dos democratas.
Durante entrevista coletiva, Boehner minimizou a importância dos cálculos do CBO.
"Não acho que revogar a reforma de saúde, que elimina empregos, aumentará o déficit. O CBO tem direito à sua opinião", disse Boehner, que assegurou que a entidade federal fez os cálculos com base nas falsas premissas da reforma da saúde.
A votação sobre a anulação está prevista para a próxima quarta-feira. EFE