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ANÁLISE-Lua de mel da Argentina com FMI está prestes a ter choque de realidade

Publicado 18.09.2020, 09:56
© Reuters. Cartazes em Buenos Aires contra o pagamento ao FMI

Por Rodrigo Campos e Eliana Raszewski e Hugh Bronstein

NOVA YORK/BUENOS AIRES (Reuters) - A lua de mel da Argentina com o Fundo Monetário Internacional está prestes a ser testada, uma vez que o país pretende atualizar um acordo de 57 bilhões de dólares firmado há dois anos que falhou em evitar uma queda à recessão o nono default da dívida soberana.

O FMI, muitas vezes alvo de protestos furiosos nas ruas de Buenos Aires, procurou suavizar seu tom com a Argentina depois que o governo peronista de centro-esquerda reestruturou mais de 100 bilhões de dólares em dívidas com credores privados este ano.

Agora é o dinheiro do FMI que está na mesa. A Argentina está procurando adiar pagamentos que somam cerca de 45 bilhões de dólares nos próximos anos, à medida que se encaminha para uma contração econômica de 12% em 2020 e enfrenta uma crise cambial com controles de capital atualizados recentemente, que mostram uma relutância em lidar com desequilíbrios fiscais e monetários.

"Será muito mais difícil com o FMI. Eles vão querer ter certeza de que serão priorizados e não sofrerão calote", disse Damien Buchet, administrador de fundos de mercados emergentes da Finisterre Capital.

"O FMI vai querer garantias muito mais sérias em termos de sustentabilidade da dívida e capacidade de reembolso do que os detentores de títulos."

As autoridades argentinas dizem que querem apenas refinanciar os 45 bilhões de dólares já recebidos no programa de 2018. Mas o ministro da Economia, Martín Guzmán, disse que deseja evitar reembolsos ao FMI até 2024 -- uma exigência difícil.

"O FMI apoiou erroneamente a Argentina em suas negociações ásperas com investidores para fechar um negócio sem um plano econômico coerente", disse Ted Pincus, diretor administrativo da Mangart Capital Advisors.

© Reuters. Cartazes em Buenos Aires contra o pagamento ao FMI

"As novas medidas cambiais introduzidas pela Argentina tornarão um acordo mais difícil e a atitude da Argentina em relação aos investidores voltou para mordê-la."

Com o país nas garras da pandemia de coronavírus, a austeridade pode representar uma grande ameaça para o presidente de centro-esquerda, Alberto Fernández, antes das eleições de meio de mandato no próximo ano, à medida que a pobreza aumenta e as pequenas empresas afundam.

O FMI ainda é visto por muitos como o detonador da última grande crise do país latino-americano em 2001 e 2002, quando um calote e a desvalorização da moeda local levaram milhões de argentinos à pobreza.

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