PEQUIM (Reuters) - O governo chinês vai abrir seu ambicioso programa de exploração lunar para companhias privadas, em vez de confiar apenas no setor estatal como antes, esperando aumentar as descobertas tecnológicas, disse um jornal nesta terça-feira.
A próxima missão para a Lua, que será feita pela sonda Chang'e 5 nos próximos dois anos, vai servir como plataforma "para pesquisa e desenvolvimento tecnológico, produzir testes, assim como aplicação de dados" para companhias privadas, de acordo com uma nota do governo, citada pelo jornal China Daily.
"A medida vai ajudar a quebrar o monopólio espacial, acelerar inovações tecnológicas, reduzir o investimento governamental e aumentar a eficiência", acrescentou a nota, emitida pela Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria para Defesa Nacional, que cuida do programa espacial chinês.
O jornal, escrito em inglês, citou uma fonte não identificada dizendo que a China deveria aprender com os Estados Unidos, que mostrou benefícios "óbvios" com o envolvimento de empresas privadas.
"Estas empresas privadas vão investir para inovar. Suas participações vão reduzir o custo financeiro do governo, e mais membros do público vão se envolver com o nosso programa de exploração espacial", disse a fonte.
A China vem mudando para desenvolver seu programa espacial com propósitos militares, comerciais e científicos, mas ainda está atrás de potências espaciais estabilizadas como Estados Unidos e Rússia.
(Reportagem de Ben Blanchard)