Investing.com – Os preços do ouro estão a caminho de marcar a segunda queda consecutiva mensal em março, uma vez que um dólar norte-americano mais forte reduziu o apelo pelo metal precioso.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de ouro, com vencimento em junho, subiram US$ 1,40, ou 0,12%, sendo negociados a US$ 1,186.70 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã. Os preços atingiram uma baixa da sessão de US$ 1.178,30, o nível mais fraco desde 20 de março.
Na sexta-feira, o ouro perdeu US$ 15,40 ou 1,28%, para US$ 1.185,30. Espera-se que os futuros encontrem apoio em US$ 1.168,70, a baixa de 20 de março, e resistência em US$ 1.206,60, a alta de 27 de março.
Os preços do ouro caíram quase 3% em março, uma vez que o dólar ficou mais forte em meio às crescentes expectativas para taxas de juros mais altas nos EUA no final deste ano.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,6% para 98,88, no início do dia. O índice está no caminho certo para marcar um ganho de 3% neste mês.
Um dólar norte-americano mais forte geralmente pesa sobre o ouro, porque a moeda diminui o apelo do metal como um ativo alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
O dólar foi impulsionado por perspectivas divergentes para a política monetária nos EUA em comparação com outras grandes economias, como a Europa e o Japão.
Na sexta-feira, os investidores estavam aguardando um relatório sobre emprego nos EUA na sexta-feira, para mais indicações sobre a trajetória futura da política monetária.
Um relatório forte sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA pode somar-se às expectativas relacionadas a quando o Banco Central dos EUA (Fed) começará a elevar a taxa de juros, ao passo que um relatório fraco pode impulsionar o ouro apoiando o argumento de uma alta antecipada na taxa de juros.
Ouro atingiu uma baixa de quatro meses de US$ 1.141,60 no dia 17 de março, em meio a preocupações de que o Banco Central dos EUA (Fed) vai começar a aumentar suas taxas até junho, antes de subir em seis sessões consecutivas após o Fed ter projetado um ritmo mais lento na subida das taxas.
Dados divulgados ontem mostraram que a confiança dos consumidores melhorou mais que o esperado em março, alcançando o nível mais alto desde 2007.
Um relatório separado mostrou que a atividade industrial na área de Chicago contraiu pelo segundo mês consecutivo em março, alimentando preocupações com as perspectivas para a economia dos EUA.
Na divisão Comex, os futuros de prata com vencimento em maio subiram 3,1 centavos, ou 0,19%, para US$ 16,70 por onça, ao passo que o cobre com vencimento em maio caiu 0,78%, para US$ 2,760 por libra.