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Gasolina no exterior está 9% mais cara que no Brasil, diz Credit Suisse

Publicado 26.05.2015, 18:37
© Reuters.  Gasolina no exterior está 9% mais cara que no Brasil, diz Credit Suisse

SÃO PAULO (Reuters) - O preço da gasolina no Golfo do México estava 9 por cento mais alto do que no mercado brasileiro nesta terça-feira, de acordo com relatório do Credit Suisse enviado a clientes nesta tarde, o que sugere um aumento na diferença dos valores praticados nas refinarias brasileiras da Petrobras em relação ao exterior.

Na visão da equipe comandada por Nilson Teixeira, o comportamento em maio sinaliza um padrão diferente dos seis meses anteriores, quando a diferença entre os preços externos e doméstico da gasolina ficou, na média, negativa em 16 por cento, alcançando uma taxa negativa de 44 por cento em 22 de dezembro.

"Essa mudança (de -44 por cento para 9 por cento) foi guiada por uma alta de 63 por cento no preço internacional da gasolina e uma depreciação de 18 por cento do real no período", apontou o relatório do banco.

No início de março, a cálculos da Tendências Consultoria mostraram que o valor médio da gasolina no Brasil estava mais de 5 por cento inferior ao praticado no exterior.

Na visão do Credit Suisse, um continuação do diferencial ao redor de 10 por cento ou em um nível mais elevado nas próximas semanas elevaria a probabilidade de uma alta de preços ser implementada já no terceiro trimestre de 2015.

Isso porque ao importar gasolina com tal defasagem e vender o produto mais barato no mercado interno, a Petrobras registraria perdas. A nova diretoria tem defendido que os combustíveis no Brasil sejam comercializados a valores competitivos.

Os economistas calculam que, assumindo uma cotação para o dólar de 3,40 reais no final do ano e um aumento dos preços do petróleo para 75 dólares o barril, o preço da gasolina ficaria 55 por cento menor do que o preço internacional no final do ano, "o que eleva a chance de uma alta adicional do preço da gasolina no quarto trimestre ou no primeiro trimestre de 2016".

Por outro lado, ainda de acordo com o relatório, se a moeda brasileira se apreciar, com o dólar caindo a 2,90 reais no final do ano e o preço da commodity retornar a 50 dólares o barril, o preço da gasolina doméstica seria 12 por cento mais alto do que o preço no Golfo do México. "No entanto, nós atribuímos uma probabilidade muito baixa de ocorrência deste cenário", disseram os analistas.

(Por Paula Arend Laier)

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