LISBOA (Reuters) - O consórcio de Petrobras e Galp Energia devolveu à União o bloco BM-S-21, que abrigava a descoberta de Caramba, no pré-sal da Bacia de Santos, após concluir que os poços não são comercialmente viáveis, segundo um porta-voz da Galp.
"É verdade que fizemos isso", afirmou um porta-voz da Galp, quando perguntado se a Petrobras e a Galp tinham devolvido à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a concessão BM-S-21 deste bloco, obtida em 2001.
A Petrobras detinha uma participação de 80 por cento naquele bloco, enquanto a Petrogal Brasil, detida em 70 por cento pela Galp, tinha 20 por cento.
Vários analistas incorporavam nas suas estimativas para a Galp os futuros rendimentos com a exploração e produção deste bloco.
"É negativo para a Galp. O nosso 'sum of the parts' incluía 0,17 euros por ação para esta descoberta, já que assumíamos uma probabilidade de 50 por cento de um desenvolvimento de 600 milhões de boe (barris de óleo equivalente) de recursos recuperáveis avaliados a um 'net present value' de 3,1 dólares por boe", afirmou o BESI.
"Teremos de verificar com a Galp qual foi o maior 'driver' desta decisão, que é uma desilusão, já que estavam agendados trabalhos de exploração e apreciação para este bloco".
As ações da Galp caíam 0,72 por cento, por volta das 8h53 (horário de Brasília).
(Por Shrikesh Laxmidas e Daniel Alvarenga)