Por Axel Bugge e Sergio Goncalves
LISBOA (Reuters) - O governo português de centro-direita está confiante de que conseguirá uma vitória por maioria absoluta nas eleições nacionais do próximo mês, disse o vice-primeiro-ministro, com os eleitores querendo evitar a volta da instabilidade econômica que forçou o país a pedir ajuda externa.
Pesquisas de opinião indicam um Parlamento dividido nas eleições de 4 de outubro. A economia se recupera do pedido de ajuda feito em 2011 e de três anos de recessão.
O vice-premiê, Paulo Portas, disse à Reuters que acredita que os portugueses não querem entregar o controle da nação de volta aos Socialistas, de centro-esquerda, que buscaram o pacote há quatro anos.
"Eu acho que os portugueses terão bom senso sobre quem escolher no dia 4 de outubro e evitarão qualquer risco de retornar às causas e consequências do que aconteceu em 2011", afirmou Portas.
Portas chefia o partido conservador CDS-PP, parceiro na coalizão de governo com os Sociais Democratas, de centro-direita e do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Ele foi ministro das Relações Exteriores no começo do atual governo, mas depois recebeu a incumbência de comandar a política econômica, incluindo a relação com os credores.