AMSTERDÃ (Reuters) - O presidente-executivo da SBM Offshore e um dos membros do Conselho da empresa holandesa fecharam acordos com o Ministério Público Federal sobre acusações de "favorecimento pessoal" em um suposto esquema de propina envolvendo a Petrobras (SA:PETR4), pagando multa de 60 mil dólares cada, embora sem reconhecerem culpa, disse a companhia nesta segunda-feira.
A empresa informou em um comunicado acreditar que as acusações contra o CEO Bruno Chabas e o membro do Conselho Sietze Hepkema "não têm mérito", mas que seria mais fácil buscar um acordo do que tentar contestá-las.
Nenhum porta-voz da companhia pôde ser imediatamente encontrado para fornecer uma explicação mais completa sobre quais seriam as denúncias contra os dois executivos.
Em dezembro, o MPF divulgou acusações penais contra 12 ex e atuais executivos e membros do Conselho que estariam ligados a um esquema de propinas envolvendo a Petrobras e a SBM, a maior empresa do mundo no aluguel de embarcações para a indústria do petróleo. [nL1N1462ZD]
No entanto, Chabas e Hepkema chegaram à SBM somente em 2012, depois do período no qual teriam ocorrido os pagamentos de propina, segundo a denúncia. A companhia descreveu nesta segunda-feira a acusação de "favoritismo pessoal" como uma "má conduta".
Em novembro de 2014, a companhia pagou às autoridades holandesas um valor recorde de 240 milhões de dólares, num inquérito de dois anos, em acordos sobre acusações de pagamentos indevidos feitos a autoridades de Angola, Brasil e Guiné Equatorial entre 2007 e 2011.
(Reportagem de Toby Sterling)