PEQUIM (Reuters) - Os novos subsídios da China para produtores de milho no cinturão de grãos do norte do país irá encorajar uma manutenção do plantio, disse um centro de pesquisa oficial nesta quarta-feira, potencialmente ameaçando a tentativa do governo de colocar a produção do grão em linha com a demanda do mercado.
A China irá alocar 30 bilhões de iuanes (4,51 bilhões de dólares) em subsídios para produtores de milho em quatro províncias no ano que vem, disse o Ministério de Finanças na terça-feira, substituindo um programa de compras estatais que foi cancelado no início do ano.
Os subsídios, descritos como o primeiro lote, deverão ser de 130 iuanes por mu (0,067 hectares), segundo estimativas do Centro Nacional de Informações de Grãos e Óleos da China, baseadas nas atuais previsões de área plantada.
"Como a quantidade de subsídio é bastante grande... o entusiasmo dos produtores para vender o grão será alta", disse o centro em um relatório diário.
A China, segundo maior consumidor global de milho, disse em março que irá eliminar seu esquema de compras estatais, que já dura anos e que inflou os preços locais, deixando estoques do governo abarrotados com o grão. O plano agora é permitir que o mercado estabeleça os preços para a safra 2016/17.
Embora o novo subsídio para o próximo ano seja maior que o esperado, ainda é cedo para prever o seu impacto nas intenções de plantio, ponderou o centro de pesquisa.
(Por Dominique Patton)