Paris, 22 jan (EFE).- A França e a Alemanha reafirmaram neste sábado sua defesa a moeda única europeia e a vontade comum de reforçar a disciplina econômica e orçamentária da zona do euro com "uma convergência mais forte" que melhore a competitividade.
Trata-se de "completar o reforço necessário das disciplinas econômicas e orçamentárias com uma convergência mais forte na zona do euro, para reforçar nossa competitividade e obter maior crescimento e estabilidade, em benefício de toda União Europeia", disseram as titulares de Assuntos Exteriores da França, Michèle Alliot-Marie, e da Alemanha, Guido Westerwelle.
Em comunicado conjunto publicado pelo dia franco-alemão para a Europa, Alliot-Marie e Westerwelle insistiram que seus respectivos países estão "decididos a apresentar toda sua contribuição à resposta europeia à crise e a defender o euro".
Ambos constataram que o Governo econômico na UE "progrediu fortemente" em 2010, mas é preciso completar o processo e dar toda a força às disposições do Tratado de Lisboa, de modo que a União "se afirme claramente como um ator político e econômico de primeiro plano na globalização".
Com relação a isso, os ministros indicaram que Paris e Berlim têm intenção de continuar sua "estreita cooperação para atuar conjuntamente em favor da paz e da segurança no mundo, para que exista uma Europa forte que afirme seus valores e defenda seus interesses a serviço de todos os cidadãos e de todos os membros europeus".
Alliot-Marie e Westerwelle comentaram que a Alemanha será "um dos parceiros mais próximos" da Presidência francesa do Grupo dos Oito (G8, que reúne os principais países ricos) e do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os desenvolvidos e os emergentes) neste ano, "em particular na reforma do sistema monetário internacional".
Igualmente, estimaram que "a aproximação das sociedades civis é um elemento chave da relação franco-alemã" e vai marcar a agenda para o horizonte de 2020 que havia sido fixada em 2010.
Na próxima terça-feira se reunirão em Paris os responsáveis dos dois países de Assuntos Europeus, o francês Laurent Wauquiez e o alemão Werner Hoyer, que abordarão os principais temas de atualidade bilateral e prepararão "as questões de inovação e de energia" com vistas à cúpula da União Europeia de 4 de fevereiro.
O dia franco-alemão lembra a assinatura em 22 de janeiro de 1963 do Tratado do Eliseu entre os líderes dos dois países, o chanceler Konrad Adenauer e o general Charles de Gaulle, que formalizou a reconciliação dos dois países após a Segunda Guerra Mundial e seu compromisso mútuo na construção europeia. EFE