Washington, 16 jul (EFE).- As negociações entre republicanos e democratas para entrar em acordo com um plano de redução do déficit nos Estados Unidos que permita elevar o limite de endividamento continuam estagnadas faltando duas semanas para que o país entre em moratória.
"Precisamos de um enfoque equilibrado, com sacrifícios compartilhados e a disposição para tomar decisões impopulares por parte de todos nós", afirmou neste sábado o presidente dos EUA, Barack Obama, em seu discurso semanal.
Por sua vez, os republicanos contra-atacaram em seu habitual discurso dos sábados e fizeram uma chamada para que se aprove uma emenda de orçamento equilibrado que evite que os Governos assumam déficits excessivos.
"A solução para as crises da despesa não são os aumentos de impostos", disse o senador republicano de Utah, Orrin Hatch.
Obama deu na sexta-feira aos congressistas de ambos partidos um prazo de "24 a 36 horas" para que apresentem um plano sério de redução de déficit para alcançar um acordo e se evitar a declaração em moratória do país.
O Tesouro dos EUA já advertiu que se não alcançarem um acordo para elevar o teto da dívida de US$ 14,29 trilhões no dia 2 de agosto, o país não poderá enfrentar as obrigações da dívida.
Durante toda a semana, Obama presidiu na Casa Branca reuniões com os líderes congressistas republicanos e democratas para tentar facilitar um acordo, embora sem sucesso.
Fontes da Casa Branca informaram que o vice-presidente Joe Biden e outros assessores presidenciais estão reunidos neste sábado para sustentar conversas internas com líderes republicanos e democratas com o objetivo de encontrar uma saída à crise.
No entanto, o acordo ainda está longe de ser concluído já que as posturas parecem imóveis entre ambas partes, especialmente na questão da alta de impostos.
O presidente Obama e os democratas se mostram favoráveis a cortar parte do orçamento destinado aos programas sociais e de saúde, mas exigem que o acordo inclua uma alta de impostos para equilibrar o orçamento com ingressos fiscais.
Os republicanos, maioria na Câmara de Representantes, se opõem a qualquer carga impositiva com o argumento que afetaria uma recuperação econômica ainda muito fragilizada. EFE