Bruxelas, 30 set (EFE).- A União Europeia colocou com sucesso 1,1 bilhão de euros em bônus para sete anos com o objetivo de financiar o programa de ajuda à Portugal e à Irlanda, informou nesta sexta-feira a Comissão Europeia.
A operação realizada pela Comissão Europeia por meio do Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (MEEF).
Do total de 1,1 bilhão de euros em bônus colocados, a Irlanda receberá 500 milhões de euros e Portugal 600 milhões de euros em empréstimos dentro dos programas de ajudas financeiras estipulados com a UE.
Os dois países receberão os empréstimos em 6 de outubro. O período de vencimento de sete anos foi eleito pela solicitação dos dois países de ampliar a duração dos empréstimos.
Os bônus, que vencerão em 5 de outubro de 2018, pagam juro de 2,375% e seu preço fechou 15 pontos acima do índice de referência nas transações deste tipo.
A emissão foi fechada em duas horas e meia, com demanda que chegou a 1,6 bilhão de euros.
A demanda procedeu em maior parte da Europa (92%), principalmente da Alemanha e da Áustria (34%). Fora da Europa, Ásia foi o investidor dominante com 27% das solicitações, seguida pelo Oriente Médio (9%) e as Américas (3%).
Houve uma forte demanda dos bancos centrais (35%), de fundos de investimento (25%), bancos (24%) e de fundos de pensões e seguradoras (15%).
A operação foi administrada pelos bancos Credit Suisse, Morgan Stanley e Société Générale CIB com BBVA, Citi, Commerzbank, DZ Bank e ING.
Esta é a terceira emissão de títulos europeus em setembro. A UE arrecadou 9 bilhões de euros em duas operações: 5 bilhões em bônus para 10 anos e 4 bilhões de euros em bônus para 15 anos.
Até o momento, a bloco conseguiu arrecadar 29,2 bilhões de euros em sete transações, das quais 28 bilhões de euros são para o MEEF e 1,2 bilhão para programas de empréstimos.
Irlanda e Portugal recebem empréstimos do MEEF, o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e o Fundo Monetário Internacional.
Irlanda receberá ao longo de três anos 67,5 milhões de euros, e Portugal 78 bilhões de euros. No restante de ano, a UE pretende fazer uma emissão mais de bônus. EFE