Londres, 2 out (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou neste domingo que o Reino Unido deve continuar fazendo parte da União Europa (UE) e afirmou que a "prioridade urgente" de seu governo é solucionar a crise da zona do euro e revitalizar as economias continentais.
Em declarações à emissora "BBC" concedidas no início do congresso do Partido Conservador, iniciado neste domingo e que será realizado em Manchester (norte da Inglaterra) durante cinco dias, Cameron declarou ser contrário à saída do país da UE.
"Não acreditamos que deva haver um plebiscito sobre a permanência ou não do país. Não quero que o Reino Unido abandone a UE. Penso que é a resposta errada para o Reino Unido", declarou.
As observações do primeiro-ministro respondem a um momento no qual aumenta entre os deputados a necessidade de debater a atual posição britânica na Europa diante da crise da dívida.
"O que a maioria dos cidadãos quer neste país não é deixar a União Europeia, mas reformá-la para garantir que o equilíbrio de poderes entre um país como o Reino Unido e a Europa é melhor", afirmou o líder conservador.
Cameron ressaltou que a "prioridade urgente" é resolver a situação da zona do euro: "A prioridade do governo atualmente é solucionar os problemas na zona do euro, fazer com que as economias europeias voltem a crescer".
Para isso, considerou necessário "adotar medidas nas próximas semanas para reforçar os bancos europeus e construir as defesas que a zona do euro necessita".
"Precisamos desse mercado único. Somos um país de comércio e é vital para nosso futuro econômico", argumentou.
Está previsto que a comissão parlamentar de negócios da Câmara dos Comuns acerte uma data antes do Natal para desenvolver um debate sobre a realização de um plebiscito sobre da permanência do Reino Unido na União Europeia. EFE