Washington, 29 fev (EFE).- O número de pessoas vivendo na linha da extrema pobreza caiu em 2008 para 1,29 bilhão, o que representa 22% da população mundial, segundo as últimas estimativas divulgadas nesta quarta-feira pelo Banco Mundial.
Em 2005, o número de pessoas que viviam com menos de US$ 1,25 ao dia era de 1,39 bilhão, o que significava 25% do total da população mundial.
O Banco Mundial indicou que a redução vem especialmente da China, que retirou 660 milhões de pessoas dessa faixa entre 1981 e 2008, e cujo percentual caiu à metade entre 2002 e 2008, de 28,6% para 13,1%.
No ritmo atual, calcula-se que em 2015 o número de pessoas que viverão com menos de US$ 1,25 ao dia rondará 1 bilhão de indivíduos.
Por outro lado, 2,471 bilhões viviam em 2008 com menos de US$ 2 ao dia, o que é considerado o limiar da pobreza, um número que representa 43% da população mundial, contra 47% (2,595 bilhões) de 2005.
"O mundo em desenvolvimento realizou notáveis avanços no combate contra a extrema pobreza, e se mostrou resistente aos recentes choques na alta dos preços dos alimentos e da energia. Mas a acumulação do número de pessoas que vivem justo acima da linha de extrema pobreza ressalta a contínua vulnerabilidade dos mais pobres", avaliou Martin Ravallion, diretor de Pesquisa do Banco Mundial.
A instituição destacou que apesar de ser observado um progresso geral, o número de pessoas que vivem entre a fronteira dos US$ 1,25 e US$ 2 ao dia dobrou entre 1981 e 2008, ao passar de 648 milhões para 1,18 bilhão.
Por regiões, a África Subsaariana continua registrando os piores números no que se refere à população abaixo da linha de extrema pobreza, apesar de um ligeiro avanço nos últimos anos, ao passar de 394 milhões em 2005 (52%) para 386 milhões em 2008 (47,5%).
Enquanto isso, a região Ásia - Pacífico, liderada pela China, reduziu quase à metade sua porcentagem de extrema pobreza, de 27,6% em 2002 para 14,3% em 2008, ao passar de 523 milhões para 284 milhões. EFE