Bruxelas, 9 jun (EFE).- Os ministros de Economia e Finanças da zona do euro concederão à Espanha um empréstimo de até 100 bilhões de euros para sanear o setor financeiro espanhol, anunciaram neste sábado em comunicado.
A ajuda inclui uma reserva de segurança procedente do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE). No entanto, o Eurogrupo, fórum dos ministros de Economia da UE, condiciona a ajuda à "reformas específicas" no setor financeiro e a planos de reestruturação de acordo com as regras comunitárias.
A instituição ainda destacou que continuará vigiando a Espanha para que o país cumpra com o atual programa de ajuste para eliminar o déficit excessivo e aplique as reformas estruturais.
"O Eurogrupo confia que a Espanha cumprirá seus compromissos sobre o déficit excessivo e as reformas estruturais para corrigir seus desequilíbrios macroeconômicos", afirma o texto.
O avanço desses pontos será revisado regularmente junto com a assistência financeira, diz o documento. "O Eurogrupo apoia os esforços das autoridades espanholas para reestruturar seu setor financeiro e parabeniza a intenção de buscar assistência financeira dos Estados-membros do bloco", disseram os ministros da UE.
Os países da zona do euro consideram o montante do empréstimo suficiente para cobrir os possíveis requisitos de capital previstos pelo diagnóstico do Governo espanhol. Além disso, o Eurogrupo afirma que o Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB), que atuará como agente para o Governo espanhol, receba os fundos e canalize ao setor financeiro.
No entanto, o Executivo terá a responsabilidade da assistência econômica e terá que assinar um Memorando de Entendimento com seus parceiros da zona do euro.
A Comissão Europeia, junto com o Banco Central Europeu (BCE), a Autoridade Bancária Europeia e o FMI devem fazer uma avaliação após receber a solicitação para um resgate por parte do Governo espanhol, além de elaborar uma proposta sobre as condições necessárias ao setor financeiro em troca da ajuda. EFE