Lima, 25 mai (EFE).- O prefeito de Lima, Luis Castañeda, negou nesta sexta-feira no Congresso do Peru ter intervindo no processo de concessão do projeto Linha Amarela, vencido pela empresa Lamsac, então propriedade da construtora brasileira OAS.
Durante seu depoimento na comissão parlamentar, que investiga os subornos pagos por empresas brasileiras a funcionários peruanos, Castañeda afirmou não ter tido nenhum tipo de participação no processo.
O projeto, assinado em 2009 na segunda gestão na Prefeitura de Lima de Castañeda, foi modificado posteriormente pela sua sucessora, Susana Villarán, para incluir um fideicomisso de US$ 80 milhões que permitisse construir o parque Río Verde, de 25 hectares ao longo de quatro quilômetros do rio Rímac.
No entanto, ao recuperar a Prefeitura em 2015, Castañeda cancelou o projeto para utilizar esse dinheiro em uma passagem de nível de uma das principais avenidas da capital, que foi executado pela OAS.
O prefeito afirmou aos congressistas que o parque era inviável e negou ter estado a par das conversas que a ex-funcionária Giselle Zegarra teve com o presidente de OAS, José Pinheiro, onde lhe pedia para não assinar o projeto Río Verde a pedido de Castañeda, quando já tinha ganhado as eleições de 2014.
Nove anos depois de ter sido assinado, o projeto Linha Amarela, cujo objetivo é conectar de maneira rápida o centro de Lima com a região de Callao, está concluído, mas ainda não foi inaugurado.