Buenos Aires, 4 set (EFE).- O presidente do Comitê Olímpico da Turquia (NOCT) e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), Ugur Erdener, evitou falar sobre as concorrentes de Istambul na disputa para sediar os Jogos de 2020, Madri e Tóquio, mas tentou colocar a capital turca como a melhor opção para a eleição do próximo sábado.
"Meus colegas e eu nunca vamos dizer algo sobre nossos oponentes porque esta é uma concorrência justa. Respeitamos Madri e Tóquio e suas ideias, mas Istambul tem uma grande história e é, ao mesmo tempo, uma cidade muito moderna", declarou Erdener em entrevista coletiva concedida em Buenos Aires, onde no sábado será anunciada a cidade que receberá os Jogos daqui a sete anos.
O presidente do NOCT seguiu ainda a linha do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan e destacou o fato de Espanha e Japão já terem recebido o evento, e a Turquia, não.
"Pela primeira vez os Jogos poderiam ser organizados em dois continentes ao mesmo tempo. Aconteceriam atividades na Ásia e na Europa", salientou o dirigente, que enalteceu também o ritmo das melhorias na infraestrutura da cidade. "A maioria das obras continua em execução, e algumas importantes já estão prontas".
Outro argumento a favor de Istambul apontado por Erdener é a política antidoping existente na Turquia, bastante elogiada por ele.
"A Turquia tem uma política antidoping muito efetiva. Temos um sistema agressivo de testes e punições, o que nos torna ainda mais efetivos. Nossa política é muito clara, temos zero tolerância ao doping", encerrou.
O presidente do Comitê Olímpico Turco teve a companhia da atleta paralímpica Gizem Girismen, do tiro com arco, e da tenista Çagla Büyükakçay, número 1 do país.
"Como passamos 80% do tempo treinando ou nos recuperando, pela primeira vez haverá um centro de treinamento e de recuperação na Vila Olímpica. Isso elimina todas as viagens prévias à competição", elogiou Girismen.
Istambul sustenta que sua proposta permite aos atletas aproveitarem os Jogos ao máximo, já que poderão, entre outras coisas, contar com assentos especiais na cerimônia de abertura para assistirem ao espetáculo. EFE