Por Tom Wilson e Elizabeth Howcroft
LONDRES (Reuters) - A blockchain Ronin disse nesta terça-feira que hackers roubaram criptomoedas de seus sistemas no valor de quase 615 milhões de dólares, em um dos maiores roubos de ativos digitais já registrados.
A Ronin é usada como base para o popular jogo online Axie Infinity, que usa tokens não fungíveis (NFTs) e é a maior coleção de NFTs com base no volume histórico de vendas, de acordo com a empresa de rastreamento de dados sobre NFT CryptoSlam.
A Ronin disse que hackers não identificados roubaram em 23 de março cerca de 173.600 tokens de ethere 25,5 milhões de tokens de USD Coin. Nas taxas de câmbio atuais, os recursos valem 615 milhões de dólares, embora valessem cerca de 540 milhões de dólares no momento do ataque.
Isso torna a ação o segundo maior roubo de criptomoedas já registrado, de acordo com a empresa de análise de blockchain Elliptic.
Em agosto, os hackers por trás do provavelmente maior roubo de moedas digitais de todos os tempos devolveram quase todos os mais de 610 milhões de dólares tomados da empresa de finanças descentralizadas (DeFi) Poly Network.
A Ronin disse em comunicado em seu blog que foram usadas chaves privadas roubadas – as senhas necessárias para acessar recursos em criptomoedas – para o acesso aos ativos. A Ronin afirmou que descobriu o ataque na terça-feira.
"Estamos trabalhando diretamente com várias agências governamentais para garantir que os criminosos sejam levados à justiça", disse a Ronin, acrescentando que está discutindo com a Axie Infinity como garantir que nenhum dinheiro dos usuários fosse perdido.
A Ronin disse que está trabalhando com o rastreador de blockchain Chainalysis para encontrar os recursos roubados. A maioria dos ativos ainda está na carteira digital do hacker, disse a Ronin.
A blockchain foi desenvolvida pelo estúdio de jogos Sky Mavis, com sede em Cingapura e proprietário do Axie Infinity. A Sky Mavis não fornece detalhes de contato em seu site. A empresa não respondeu imediatamente a um pedido de comentário enviado via LinkedIn.
(Por Tom Wilson e Elizabeth Howcroft)