Atenas, 31 ago (EFE) - O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, classificou nesta quarta-feira de "cruciais" para o país as próximas semanas, nas quais se esperam decisões dos inspetores internacionais que avaliam a recessão da economia grega.
Em entrevista à emissora "Real FM", Venizelos informou que seu ministério e os inspetores enviados pela União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional estudam medidas para resistir à recessão.
Segundo as novas estimativas, a contração da economia grega alcançará este ano 5,3%, contra 3,8% previsto inicialmente.
O ministro negou que o Governo grego tenha pedido aos inspetores uma prorrogação dos prazos para alcançar os objetivos de contenção do déficit público. A meta é que a redução seja de 7,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no final do ano, mas as novas estimativas alcançam déficit de 8% do PIB.
Os chefes do grupo de inspetores da chamada "troika" estão em Atenas para controlar o processo das reformas tributárias e estruturais que o Governo grego deve finalizar para conseguir em setembro o sexto lance, de 8 milhões de euros, do primeiro plano de resgate externo outorgado em 2010.
Quanto ao problema que representam as garantias requeridas pela Finlândia para aceitar participar do segundo plano de resgate, de 159 milhões de euros, estipulado em 21 junho pelos membros da UE em Bruxelas, Venizelos disse que estas garantias serão financeiras e não materiais.
O ministro, que é também vice-presidente do Governo grego, opinou que Helsinque exige essas garantias "erroneamente", e que as mesmas alcançarão "só alguns milhões de euros".
Esta situação não configura "nenhum problema no programa de estabilização da economia grega", disse, e estimou indispensáveis as ditas garantias para que o Parlamento finlandês aprove sua contribuição ao segundo resgate. "Assim funciona a solidariedade europeia", alfinetou.
Por outro lado, Venizelos descarta que Atenas adote novas medidas de austeridade e ajustes fiscais até o final do ano, dadas os duros cortes já aprovados. EFE