Redação Central, 12 mai (EFE).- Com dois gols do uruguaio Forlán,
um no tempo normal e outro na prorrogação, o Atlético de Madri bateu
o Fulham por 2 a 1 na Nordbank Arena, na Alemanha, e conquistou a
primeira Liga Europa da história, que substituiu a Copa da Uefa,
nesta quarta-feira.
Pré-convocado para defender o Uruguai na Copa do Mundo da África
do Sul, em que pode ser companheiro de ataque de 'Loco' Abreu, do
Botafogo, Forlán ajudou a equipe de Madri a conquistar seu terceiro
título europeu. O primeiro foi a Recopa Europeia de 1962, enquanto o
segundo foi a Copa Intertoto de 2007.
Para tentar coroar a temporada, que começou com uma campanha
apenas razoável no Campeonato Espanhol, o Atlético de Madri tentará
vencer a Copa do Rei no próximo dia 19, quando enfrenta o Sevilla na
final, no Camp Nou.
O Atlético começou melhor, mas apenas administrando a partida
através do toque de bola. A primeira boa chance dos espanhóis
aconteceu aos 11 minutos, quando Agüero aproveitou a saída errada da
zaga inglesa, roubou a bola e passou para Forlán, que chutou e
acertou a trave.
Quatro minutos depois, foi a vez de Reyes aproveitar cobrança de
escanteio e finalizar. O goleiro Schwarzer fez a defesa.
Após ver o adversário dominar por 20 minutos, o Fulham foi ao
ataque com perigo pela primeira vez. Zamora ganhou dividida e rolou
para Davies, que arrematou e obrigou o goleiro De Gea a fazer boa
intervenção.
A jogada não intimidou a equipe de Madri, que continuou
pressionando, até ser premiado com gol de Forlán, aos 31 minutos do
primeiro tempo. O uruguaio aproveitou chute cruzado de Agüero e
completou para abrir o placar.
Quem achou que o 1 a 0 seria a arrancada do Atlético, se enganou.
Cinco minutos depois do gol do atacante uruguaio, Gera fez o
levantamento da direita, o volante Paulo Assunção, único brasileiro
em campo nesta final, não conseguiu afastar de cabeça e Simon Davies
acertou um lindo voleio para empatar.
No entanto, o gol de empate foi mais um lampejo de bom futebol
que o início da arrancada para a virada. Todas as boas jogadas até o
intervalo foram da equipe de Madrid, que, aos 44, quase desempatou.
Forlán acertou chute forte e obrigou Schwarzer a fazer nova grande
defesa.
No segundo tempo, o panorama pouco mudou. A primeira chance até
foi do Fulham, quando Gera foi lançado livre, mas errou o domínio e
não conseguiu seguir com a jogada. Mas, a partir daí, o domínio
voltou ao Atlético de Madri.
Embora tenham tido maior posse de bola, os espanhóis erraram
muitos passes, impedindo que Agüero e Forlán tivessem chances de
desempatar. Além disso, ambas as equipes tentaram alguns chutes de
longe, todos sem sucesso.
Na última chance de cada finalista no tempo normal, Danny Murphy,
do Fulham, cobrou falta na barreira aos 44 minutos e, um minuto
depois, Jurado, do Atlético, avançou em velocidade pela esquerda e
alçou a bola na área, mas Hughes rechaçou.
Com o empate, a partida foi para a prorrogação, quando finalmente
os ingleses tentaram comandar a partida. Etuhu errou o cabeceio após
lançamento de Murphy, logo aos três minutos do primeiro tempo, e,
aos sete, Nevland girou bonito, mas chutou para fora.
Os times acusaram o cansaço e o nervosismo e a partida tinha tudo
para ser decidida nos pênaltis. Entretanto, aos dez minutos da
segunda etapa, Sérgio Agüero recebeu na esquerda e cruzou rasteiro
para a área. Mesmo pressionado, Forlán, o nome do jogo, tocou de
forma sutil e garantiu o título para o Atlético de Madri.
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Ficha técnica:.
Atlético de Madri (ESP): David De Gea; Tomas Ujfalusi, Luis
Perea, Álvaro Dominguez e Antonio López; Paulo Assunção, Raúl
García, José Reyes (Eduardo Salvio) e Simão Sabrosa (Jurado); Sergio
Agüero (Juan Valera) e Diego Forlán. Técnico: Quique Sánchez Flores.
Fulham (ING): Mark Schwarzer; Chris Baird, Aaron Hughes, Brede
Hangeland e Paul Konchesky; 13 Danny Murphy (Jonathan Greening),
Dickson Etuhu, Damien Duff (Erik Nevland) e Simon Davies; Zoltan
Gera e Bobby Zamora (Clint Dempsey). Técnico: Roy Hodgson.
Árbitro: Nicola Rizzoli (Itália), auxiliado por seus compatriotas
Cristiano Copelli e Luca Maggiani.
Cartões amarelos: Luis Perea, Raúl García, Eduardo Salvio e Diego
Forlán (Atlético de Madri); Brede Hangeland (Fulham). EFE