Nova Délhi, 27 jul (EFE).- O Banco da Reserva da Índia (RBI)
elevou hoje de 8% para 8,5% a previsão de crescimento do país neste
ano fiscal, apesar de admitir que um arrefecimento da recuperação
econômica mundial afetaria as previsões.
Em sua primeira revisão da política monetária para o ano fiscal
que começou em abril, o governador do RBI, D. Subbarao, constatou
uma "renovada incerteza sobre a sustentabilidade da recuperação"
mundial, que contrasta com a "consolidação" na Índia.
Subbarao lembrou que o país já conseguiu crescer 7,4% no último
ano fiscal - contra 6,7% do anterior -, que sua produção industrial
recuperou um crescimento de dois dígitos e que as previsões da
monção para este ano "sugerem boas notícias para a produção
agrícola".
"As perspectivas de crescimento da economia indiana melhoraram
desde abril. Se o comportamento da monção for o projetado, haverá um
aumento da demanda rural. Isto daria maior impulso ao comportamento
do setor industrial, que cresceu firmemente desde outubro de 2009",
disse em seu relatório o governador do RBI.
Segundo a instituição, "as bases do crescimento nacional são
fortes", embora um arrefecimento da recuperação mundial afetaria
todas as economias emergentes, incluindo a Índia, "através dos
canais frequentadores de exportação, finanças e confiança".
A previsão do banco central coincide com a anunciada na
sexta-feira passada pelo Conselho Econômico Assessor do
primeiro-ministro, Manmohan Singh.
Para o RBI, assim como para o conselho assessor, a "preocupação
dominante" é a alta inflação, que dos alimentos passou ao índice
geral, chegando a 10,6% em junho.
O RBI, que até agora revisava regularmente sua política a cada
trimestre, decidiu fazer repasses mais frequentes, a cada mês e
meio, para ter "maior capacidade de manobra" e evitar ações
"surpresa".
Na sexta-feira passada, o Conselho Econômico Assessor do Governo
também elevou sua previsão de crescimento do PIB e afirmou que a
Índia será capaz de voltar a ter 9% de crescimento no ano 2011-12.
O Conselho projetou 6,5% de inflação no fechamento deste ano,
acima do dado divulgado nesta terça-feira pelo RBI. EFE