Pequim, 13 ago (EFE).- O Banco Popular da China considerou concluído nesta quinta-feira o ajuste no valor do iuane, após diminuir durante três dias consecutivos a taxa de câmbio de referência da divisa.
A redução da "lacuna" entre a taxa de câmbio de referência fixada pelas autoridades e sua cotação real no mercado está "basicamente completada", disse hoje em entrevista coletiva Zhang Xiaohui, assistente do governador do banco central chinês, em declarações citadas pela agência oficial "Xinhua".
O regulador chinês anunciou na terça-feira uma "desvalorização excepcional" do iuane e uma reforma do sistema cambial que fez com que o valor da moeda se situasse hoje cerca de 4,7% abaixo do patamar de segunda-feira.
Zhang declarou que o valor do iuane retornou gradualmente aos níveis de acordo com o mercado após suas desvalorizações dos últimos dias e garantiu que não há base para "uma desvalorização persistente e substancial".
Estas declarações do funcionário do banco central aconteceram logo depois do terceiro rebaixamento, hoje, da taxa de câmbio de referência do iuane com relação ao dólar, dentro da reforma do sistema cambial adotada esta semana pela segunda maior economia mundial.
O iuane está controlado pelo governo chinês, que fixa diariamente sua taxa de câmbio de referência (chamada paridade central) e autoriza que no mercado ocorram oscilações em seu valor de até um máximo de 2% (em alta ou em baixa).
Ao estabelecer hoje a paridade central da divisa chinesa, o Banco Popular rebaixou seu seu valor 1,11%, após as revisões à queda de 1,62% de quarta-feira e de 1,86% de terça-feira, e o situou em 6,401 iuanes por dólar.
O banco central chinês justificou sua reforma no sistema cambial alegando que a paridade central do iuane havia se "desviado" nos últimos meses das expectativas do mercado, admitindo uma possível supervalorização de sua divisa que estava prejudicando à economia local.
Além disso, o emissor defendeu que o novo mecanismo responde mais às variações da oferta e a demanda no mercado que o anterior, o que representaria também um passo rumo à liberalização da segunda economia mundial.
No entanto, alguns analistas consideram que o governo chinês está tentando desvalorizar o iuane para tornar suas exportações mais competitivas, após a divulgação no fim de semana passado de que as vendas ao exterior do gigante asiático caíram 8,3% em julho.