Nova York, 18 ago (EFE).- O Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) para entrega em setembro fechou nesta quinta-feira em forte queda de 5,93%, cotado a US$ 82,38 por barril devido aos decepcionantes dados sobre a evolução da economia dos Estados Unidos, maior consumidor energético mundial.
Ao término do pregão da semana na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de futuros do WTI haviam caído US$ 5,2 em relação ao preço de fechamento anterior.
O WTI registrou essa queda influenciado pela notícia de que o banco americano Morgan Stanley rebaixou suas previsões de crescimento da economia mundial para este ano e para 2012, classificando os EUA e a Europa "perigosamente à beira da recessão".
Nesta quinta-feira também se soube que o número de pedidos de seguro-desemprego nos EUA aumentou em 9 mil na semana passada e voltou a ficar acima de 400 mil, segundo dados divulgados pelo Departamento de Trabalho americano.
Passados mais de dois anos do fim da pior recessão em quase oito décadas, o mercado de trabalho da maior potência mundial continua fraco e o ritmo de contratação de trabalhadores está longe de resistir aos 8,5 milhões de postos de trabalho perdidos pela crise de 2008.
Além disso, as vendas de imóveis usados caíram 3,5% em julho e ficaram em uma taxa anualizada de 4,67 milhões de unidades, o nível mais baixo em oito meses e outro sinal de que a recuperação econômica dos Estados Unidos não acaba de arrancar.
O mercado de petróleo também está atento e preocupado quanto à evolução dos eventos políticos e conflitos sociais em países produtores da commodity no Oriente Médio, como Líbia e Síria, onde as forças de segurança lutam para manter dois regimes autoritários, diante de protestos civis generalizados.
Os contratos de gasolina e de gasóleo para calefação com vencimento em setembro caíram US$ 0,09 cada um e ficaram, respectivamente, em US$ 2,78 e US$ 2,87 por galão (3,78 litros).
Já os contratos de gás natural também para setembro fecharam em queda de US$ 0,04, valendo US$ 3,89 por cada mil pés cúbicos. EFE