Boeing diz que OMC rejeita reivindicações europeias

Publicado 31.01.2011, 18:44

Washington, 31 jan (EFE).- A fabricante americana Boeing descartou nesta segunda-feira as supostas críticas de um relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC), publicadas nesta segunda-feira pela Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia), pelo apoio financeiro dos Estados Unidos à gigante aeronáutica.

A Boeing contra-atacou em comunicado ao assinalar que o relatório da OMC "rejeita quase todas as reivindicações da Europa contra os EUA" por subsídios à companhia aeronáutica.

"Nada do publicado no relatório de hoje é comparável aos US$ 20 bilhões em subsídios ilegais que a OMC afirmou que a empresa europeia Airbus tinha recebido da Europa em sua sentença de junho 2010", afirmou Boeing.

"Esta decisão confirma que as ajudas europeias sobressaem no subsídio disponível para a Airbus, o que danificou seriamente a Boeing, distorceu a competitividade na indústria aeroespacial por décadas e significou a perda de dezenas de milhares de postos de trabalho nos EUA", acrescentou.

Além disso, a Boeing disse que "a decisão de hoje não requereria nenhuma mudança na política ou na prática", e que como "resultado da sentença de junho do ano passado os Governos da Europa devem reestruturar os US$ 4 bilhões em subsídios ilegais recebidos pela Airbus para desenvolver seu modelo A380".

A companhia americana precisou que a Europa "deve também remediar os efeitos adversos de US$ 16 bilhões adicionais recebidos em subsídios ilegais pela Airbus".

Boeing responde assim à satisfação expressada nesta segunda-feira pelo porta-voz de Comércio da Comissão, John Clancy, após receber o relatório da OMC.

"Acolhemos positivamente a confirmação, pelo painel da OMC, de suas conclusões iniciais sobre o apoio apresentado a Boeing pelo Governo dos EUA", disse Clancy, em uma breve declaração escrita.

A Airbus considerou, por sua parte, que as ajudas públicas que recebeu o fabricante americano Boeing das autoridades de seu país causaram uma distorção do mercado mais grave que a produzida pelos empréstimos recebidos dos países europeus pelo grupo aeronáutico europeu.

Airbus calculou que as ajudas a Boeing causaram a perda de vendas de "pelo menos US$ 45 bilhões".

A atual sentença é consequência da denúncia apresentada pela União Europeia em 2007 junto à OMC, na qual era dito que os subsídios a Boeing totalizavam quase US$ 24 bilhões.

Paralelamente, a Organização se posicionou no final de junho do ano passado contrária a outras ajudas públicas recebidas pela Airbus por parte dos Governos europeus, resultado nesse caso de uma denúncia prévia dos Estados Unidos. EFE

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