Tóquio, 11 jun (EFE).- O Banco Central do Japão (BOJ) manteve nesta terça-feira suas medidas de flexibilização monetária e melhorou a avaliação da economia japonesa que "está se recuperando" em linha com a incipiente melhora das exportações.
No entanto, o BOJ não anunciou medidas para limitar a volatilidade nos rendimentos dos bônus da dívida pública (como, por exemplo, estender os prazos dos empréstimos feitos para entidades financeiras japonesas) por enquanto, como esperavam muitos analistas.
A entidade decidiu, por unanimidade, manter a compra de dívida pública e ativos de maior risco para duplicar a base monetária e terminar com a deflação vivida pelo país há quase 15 anos.
Neste sentido, detalhou em comunicado que "continuará realizando operações" para fazer com que esta aumente a um ritmo anual entre 60 e 70 trilhões de ienes (entre 458 e 534 bilhões de euros).
"O Banco manterá sua flexibilização monetária quantitativa e qualitativa com o objetivo de conseguir estabilizar os preços em 2% durante o tempo que for necessário", acrescentou o organismo.
Em relação aos riscos enfrentados pela terceira maior economia do mundo, o BOJ ressaltou que ainda existe um "alto grau de incerteza" em torno dos desafios da economia japonesa, principalmente pelo problema da dívida na Europa e pelo ritmo de crescimento nos EUA e nas economias emergentes.
A respeito da situação doméstica, o BOJ destacou que, apesar de o setor manufatureiro "continuar mostrando um resultado cinza", o investimento de capital "parece ter parado de se enfraquecer" e continua mostrando "resistência".
De acordo com a entidade financeira, o investimento público "continuou crescendo", o que permitiu que o investimento imobiliário aumentasse em termos gerais, e o consumo privado, que representa cerca de 60% do PIB do país, se mantivesse "sólido". EFE
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