BAGDÁ (Reuters) - Ao menos 68 pessoas foram mortas quando uma milícia xiita abriu fogo dentro de uma mesquita sunita iraquiana na província de Diyala, leste do país, nesta sexta-feira, disse um funcionário do necrotério local.
A violência sectária pode prejudicar os esforços do novo primeiro-ministro do Iraque, o xiita moderado Haider al-Abadi, de formar um novo governo que possa unir os iraquianos na luta contra o grupo Estado Islâmico, formado por militantes sunitas que assumiram o controle de grandes áreas no norte do país.
Ambulâncias transportaram os corpos da cidade de Baquba, principal cidade de Diyala, onde milícias xiitas treinadas pelo Irã são poderosas e agem impunemente.
Ataques a mesquitas são atos de grande sensibilidade no Iraque, e no passado levaram a uma série de contra-ataques e vinganças. A violência no país do Oriente Médio voltou ao nível de 2006/2007, auge de uma guerra civil sectária.
Em julho, milícias xiitas iraquianas executaram 15 muçulmanos sunitas e penduraram seus corpos em postes de eletricidade numa praça pública da cidade de Baquba, segundo a polícia.
Autoridades policiais de Diyala disseram à Reuters ter fornecido às milícias xiitas os nomes de suspeitos de integrar o Estado Islâmico, para que fossem localizados e executados.
(Reportagem de Raheem Salman)