Frankfurt (Alemanha), 8 ago (EFE).- O índice DAX 30 da Bolsa de Frankfurt intensificou nesta segunda-feira sua tendência de baixa e opera em queda de 5%, arrastado pelas elevadas perdas de Wall Street, em reação ao rebaixamento da nota da dívida dos Estados Unidos pela agência de classificação Standard & Poor's.
O indicador seletivo de Frankfurt lidera as perdas dos mercados de valores europeus em uma negociação muito volátil, na qual o Banco Central Europeu (BCE) comprou títulos da dívida soberana de Espanha e Itália.
Além disso, o mercado reage com pessimismo às declarações de representantes da agência informando que há 33% de chances de que entre os próximos seis e 24 meses a Standard & Poor's volte a diminuir a qualificação da dívida americana.
O Dow Jones Industrial caía mais de 3%, até o nível mais baixo desde o dia 1º de dezembro de 2010. Já a rentabilidade do Bund era nesta segunda-feira de 2,4%.
Pouco depois das 12h (horário de Brasília), o euro se estabelecia no patamar de US$ 1,4225 dólares, frente aos US$ 1,4265 das 9h e dos US$ 1,4360 da abertura.
O DAX 30 apresentou uma tendência de alta nas primeiras horas da negociação, mas em breve se impuseram as ordens de vendas em Frankfurt.
A compra de dívida soberana de Espanha e Itália do BCE tranqüilizou os mercados de valores europeus por pouco tempo, mas contribuiu para reduzir notavelmente as gratificações de riscos da dívida soberana destes países.
Na semana passada, o DAX 30 acumulou uma perda semanal de quase 13%. Os valores automobilísticos lideravam as perdas no seletivo da Bolsa de Frankfurt, onde os 30 valores caíam.
As ações de BMW desciam 9,3%, as de Daimler desceram 7,7%, da mesma forma que a Volkswagen (5,6%) e o produtor de caminhões MAN (6,5%).
Além disso, o grupo industrial Thyssenkrupp perdia 8% e o produtor de semicondutores Infineon caia 8,7%.
Alguns operadores consideraram que passou muito tempo até que o BCE se decidiu a comprar dívida soberana espanhola e italiana. Agora apenas um rápido acordo de medidas adequadas poderia estabilizar e tranquilizar os mercados financeiros internacionais.
A onça de ouro à vista fechou nesta segunda-feira a um preço recorde de US$ 1,7 mil no mercado de Londres, 2% a mais que no fechamento da jornada anterior, quando o preço se fixou em US$ 1,6 mil, consolidando seu valor como investimento de refúgio. EFE