São Paulo, 17 ago (EFE).- A Bolsa de Nova York está procurando
alianças estratégicas para 2010 no mercado brasileiro, como anunciou
hoje em São Paulo o presidente da NYSE Euronext, grupo que controla
o pregão em Wall Street, Duncan Niederauer.
Em sua primeira visita ao país, Niederauer participou do
seminário "Brasil no Cenário Global" promovido pelo Instituto
Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) e apontou que a maior
bolsa do mundo em valor de mercado selecionou "um seleto grupo" de
países para futuros negócios.
"A lista inclui o Brasil nesta parte do mundo, Catar no Oriente
Médio, Japão e China e, seguramente, a Índia também é um aliado
importante. Nós achamos que, no caso do Brasil, há uma oportunidade
real de ajudar a bolsa a ser mais global", explicou o executivo.
Depois da fusão das bolsas de valores (Bovespa) e de Mercadorias
e Futuros (BM&F), o pregão paulista passou a ser o terceiro do mundo
em volume negociado (número de títulos em circulação por sua
cotação), atrás apenas de Frankfurt, na Alemanha, e Chicago, nos
Estados Unidos.
A bolsa nova-iorquina espera terminar o ano com 20 ofertas
públicas iniciais de ações (IPO, em inglês), frente às 15 que tem
até o momento, número considerado por Niederauer como "mínimo" pois
o mercado americano segue em recuperação.
"A indústria de serviços financeiros foi muito inteligente em não
lançar precipitadamente muitas empresas ao mercado", ressaltou
Niederauer, que comentou que as ações das 31 companhias brasileiras
que cotam em Nova York movimentaram em 2008 uma média diária de US$
4 bilhões.
O número supera a média do volume financeiro diário de todas as
392 empresas da Bovespa, que foi no ano passado de US$ 2,7 bilhões.
As empresas brasileiras são as terceiras de origem estrangeira em
Wall Street, atrás das canadenses, com 74 companhias, e das
chinesas, com 42.
Na visita ao país, onde se reunirá com autoridades e empresários,
Niederauer destacou os avanços tecnológicos do mercado brasileiro de
ações.
"Temos uma pequena aliança com as bolsas em alguns lugares do
mundo, mas queremos também com a BM&FBovespa no âmbito tecnológico",
apontou. EFE