Rio de Janeiro, 19 mar (EFE).- O governo concederá a partir deste ano subsídios aos atletas que já contam com algum tipo de patrocínio como forma de melhorar a preparação do país para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e do Rio de Janeiro, em 2016, anunciou nesta segunda-feira a presidente brasileira, Dilma Rousseff.
Em seu programa de rádio semanal, a governante explicou que a principal novidade na lista anunciada na semana passada de 4.243 atletas de 53 modalidades que serão contemplados com o Bolsa-Atleta é a inclusão de desportistas que já contam com patrocínio e por isso não eram beneficiados anteriormente.
"Vimos que era preciso mudar a lei para ampliar esse apoio porque o patrocínio que eles têm muitas vezes é temporário, voltado só para um campeonato ou por um período curto. Isso gera insegurança para o atleta poder planejar seu treinamento, sua participação em competições e se dedicar totalmente ao esporte", afirmou.
A presidente acrescentou que o número de desportistas que recebem a bolsa neste ano supera em 30% o de 2011, e inclui 30 atletas (de um total de 161) que já garantiram participação nos Jogos Olímpicos de Londres.
A chefe de estado disse que a concessão de subsídios tem como objetivo transformar o Brasil numa potência esportiva após as Olimpíadas do Rio.
O valor da ajuda varia entre R$ 370 (desportistas de categorias juvenis e estudantes) até R$ 3.100 (atletas olímpicos e paraolímpicos). O projeto tem um orçamento previsto para esse ano de R$ 60 milhões.
"É um estímulo ao desenvolvimento do esporte brasileiro, um investimento no Brasil, no time do Brasil", explicou Dilma.
"Os investimentos que estamos fazendo no Bolsa-Atleta, na popularização do esporte e na construção de uma estrutura de qualidade para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 são passos importantes para transformar o Brasil em uma potência também no esporte", acrescentou.
Segundo as metas do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a meta é transformar o Brasil (que ficou em 23º lugar no quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, com apenas três ouros), na décima potência esportiva do mundo após 2016.
Além dos subsídios, o governo oferecerá bolsas de estudo aos atletas e estuda a possibilidade de pagar prêmios para quem conquistar pódios olímpicos ou mundiais. EFE cm/dk