Washington, 10 mai (EFE).- A montadora americana Chrysler pode
antecipar sua saída à bolsa caso o mercado siga crescendo e a
companhia continue obtendo bons resultados, informou seu
executivo-chefe, Sergio Marchionne.
A saída à bolsa permitiria que os atuais acionistas vendam a
preço de mercado suas participações.
Marchionne, que também é executivo-chefe da Fiat, afirmou nesta
segunda-feira durante conferência telefônica com analistas e
imprensa que quer sair à bolsa assim que for possível.
Em 2009, o Grupo Chrysler (formado pelas marcas Chrysler, Dodge,
Jipe e Ram) declarou falência, situação da qual saiu em meados desse
ano graças às ajudas de bilhões de dólares das autoridades
americanas e canadenses.
Após sair da quebra, o capital social do grupo ficou dividido
entre o sindicato United Auto Workers (UAW), que tem 55% das ações;
Fiat, com 20%; o Governo dos Estados Unidos, 8%; e o Governo do
Canadá, 2%. Os 15% restantes estão nas mãos de antigos credores.
Segundo Marchionne, se a Chrysler vender mais de 1,65 milhão de
veículos este ano terá lucro. O executivo está otimista, e acredita
que o número será superado.
No entanto, o diretor disse que esperará os resultados do segundo
trimestre para reconsiderar suas previsões.
"Está claro que, se seguirmos neste ritmo, vamos superar a meta",
disse Marchionne.
O Grupo Chrysler, que está sob controle operacional da Fiat,
acabou o primeiro trimestre de 2010 com um lucro operacional de US$
143 milhões, segundo o executivo.
Marchionne também informou que a empresa, terceira do setor nos
EUA (atrás da General Motors e da Ford), vai acelerar o lançamento
de novos modelos, que poderiam chegar ao mercado no último trimestre
do 2011.
Estes lançamentos seriam os primeiros baseados na tecnologia da
Fiat. Seriam veículos menores, com consumo mais reduzido que os
atuais modelos do grupo.
O Grupo Chrysler tinha informado anteriormente que os novos
automóveis, das marcas Chrysler e Dodge, não chegariam às
concessionárias antes de 2012.
Enquanto isso, o Grupo Chrysler só tem planos de lançar em junho
o Grand Cherokee, um 4x4 baseado em tecnologia americana e que
Marchionne considera que reflete "o melhor da Chrysler hoje". EFE