Rio de Janeiro, 11 ago (EFE).- O Governo brasileiro comemorou nesta quinta-feira a elevação da nota da dívida soberana do Brasil de BBB- para BBB pela agência de classificação de risco japonesa R&I, o segundo degrau entre os países considerados seguros para investimentos.
"O fato de esta elevação (...) ocorrer em um momento de extrema volatilidade nos mercados financeiros internacionais demonstra a solidez da gestão da política econômica brasileira", destacou o Tesouro Nacional em comunicado.
A elevação da classificação de risco do Brasil acontece uma semana depois da agência S&P (Standard & Poor's) reduzir a medição dos Estados Unidos e em um momento em que cresce a especulação do possível rebaixamento das notas de alguns países europeus.
Em comunicado, a japonesa R&I destacou nesta quinta-feira que agora é menor o risco de a economia brasileira sofrer "impactos profundos pelas mudanças drásticas no ambiente externo".
A agência ainda destacou a robustez do mercado interno brasileiro graças ao aumento do número de famílias de classe média com alto poder de consumo, a estabilidade da inflação e a situação fiscal propício.
Como justificou a empresa japonesa, após recuperar-se rapidamente da crise de 2008 e alcançado crescimento de 7,5% no ano passado, a economia brasileira tem perspectivas para alcançar crescimento potencial de 4% em 2012.
O R&I advertiu para o próximo ano que só preocupa a pressão pelo aumento de salários dos funcionários públicos e das aposentadorias, assim como a expansão das despesas com infraestruturas necessárias para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
Apesar dessas preocupações, a agência considera que é pequena a possibilidade de uma deterioração importante da disciplina fiscal.
O Tesouro lembrou que em 20 de junho, a agência de classificação de risco Moody's já havia elevado a nota da dívida soberana do Brasil de Baa3 para Baa2, e que dois meses antes a Fitch melhorou a classificação brasileira de BBB- para BBB.
Estas três agências, junto com a também japonesa JCR consideram que a classificação da dívida brasileira está no segundo degrau entre os países que já contam com o chamado "grau de investimento", ou seja, entre os considerados seguros para o investimento estrangeiro. EFE