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Brasil deve investir mais e controlar déficit fiscal, segundo economista

Publicado 01.04.2011, 18:01
Atualizado 01.04.2011, 20:57

Miami, 1 abr (EFE).- O Brasil deve aumentar o investimento, controlar o déficit fiscal e negociar com mais agressividade os acordos comerciais para fortalecer sua economia, recomendaram nesta sexta-feira analistas econômicos americanos e brasileiros.

"A presidente Dilma Rousseff deve fazer com que o povo se sinta satisfeito com um crescimento interno de 3,5% ou 4% este ano e no próximo, em vez dos 5% projetados pelo Ministério da Fazenda. Disso dependerá o sucesso de seu Governo", disse Albert Fishlow, professor emérito das universidades de Columbia e Califórnia.

Vários especialistas analisaram a economia brasileira em um fórum sobre o desenvolvimento econômico do país, organizado pelo Centro de Política Hemisférica da Universidade de Miami.

Apesar de o Brasil ser a oitava maior economia do mundo, Fishlow destacou que o país deveria investir mais de "18,7%, número que injetou em 2010, de acordo ao PIB".

Em comparação com outros mercados, o Brasil está atrasado quanto a investimentos. A China investe 45%, a Índia 38%, o Peru 24% e o Chile 23%, segundo Fishlow.

Ele acrescentou que o Estado brasileiro deve reduzir despesas e dessa maneira atrair investimentos em infraestrutura para atender "às demandas de eventos como a Copa Mundial e as Olimpíadas".

Em relação ao comércio exterior, deve reduziras tarifas de proteção a seus produtos manufaturados de exportação, que são mais altas que a média internacional, disse Mauricio Mesquita Moreira, economista do setor de integração e comércio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Mesquita afirmou que por causa disso o Brasil parece estar atrasado em aumentar a presença de seus produtos no mercado americano.

O analista disse também que o país deve ser mais agressivo no setor comercial impulsionando negociações bilaterais em vez de voltá-las para o Mercosul.

"Deveria negociar mais duro no que diz respeito a suas manufaturas", ressaltou. EFE

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