Buenos Aires, 7 out (EFE).- O Brasil não pretende deixar de
comprar gás natural da Bolívia quando os contratos vigentes
vencerem, afirmou hoje, em Buenos Aires, a diretora de Gás e Energia
da Petrobras, Maria Silva Foster.
"Não cogitamos parar de importar o gás boliviano. Continuaremos
com as negociações quando os contratos vencerem", disse a executiva
na entrevista que concedeu após dissertar na Conferência Mundial de
Gás, que termina sexta-feira.
Silva Foster destacou que os contratos de fornecimento de gás são
"muito importantes" devido ao vínculo energético entre Brasil e
Bolívia.
A diretora foi questionada sobre o assunto porque, durante sua
apresentação, havia dado a entender que o Brasil está a caminho de
se tornar a autosuficiente em gás e de começar a exportar o produto
a médio prazo.
"Hoje, temos gás que poderíamos exportar, mas primeiro vamos
desenvolver o mercado brasileiro", disse aos jornalistas que pediram
mais detalhes dos planos da Petrobras para o setor.
Silva Foster afirmou que a companhia planeja "melhorar" e
"fortalecer" o mercado de adubos derivados do gás. Depois,
esclareceu que os excedentes desse combustível ficam disponíveis
quando o consumo dentro do Brasil cai em determinadas épocas do ano.
Ela disse ainda que há "alguns volumes potenciais" de gás que o
Brasil poderia exportar para outros países. No entanto, a executiva
evitou dar mais detalhes e frisou que a prioridade da Petrobras é
desenvolver o mercado local. EFE