Cameron antecipa cortes "dolorosos" no gasto público para combater dívida

Publicado 06.06.2010, 06:47
Atualizado 06.06.2010, 07:35

Londres, 6 jun (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, advertiu que o Governo fará cortes "dolorosos" no gasto público para tentar combater a enorme dívida que enfrenta o país.

Em declarações publicadas hoje por "The Sunday Times", o líder 'tory' assinalou que o Governo de coalizão de conservadores e liberal-democratas tentará convencer o povo sobre a conveniência de aplicar esses planos "neste difícil viagem".

"Há uma dívida enorme que é preciso enfrentar. Cruzar os dedos e esperar que haja um crescimento econômico e confiar em que (a dívida) desapareça não é uma resposta", disse o "Premier".

O Governo apresentará no dia 22 de junho seu Orçamento geral.

O primeiro-ministro assinalou que o Executivo tentará resolver as "enormes faturas em conceito de bem-estar" que paga atualmente o setor público, da mesma forma que lidará com a "burocracia criada na última década".

"Se não, terão que ser feitas reduções que não queremos fazer. É preciso enfrentar as áreas onde vivemos além de nossas possibilidades", disse Cameron.

Em declarações ao jornal "The Observer", o vice-primeiro-ministro, o liberal-democrata Nick Clegg, esclareceu que as reduções que este Governo planeja fazer não vão representar uma volta aos cortes feitos nos 80 com a ex-primeira-ministra conservadora Margaret Thatcher.

O líder liberal afirmou que "é importante que o povo entenda que o recorte nas despesas não implica uma repetição dos anos 80". "Vamos abordar este assunto de forma diferente", diz o "número 2 do Governo.

Além disso, Clegg lembrou que outros Governos de "centro-esquerda" também tiveram que optar por cortes no gasto público, como no caso da Suécia, Estados Unidos e Canadá durante a década de 90.

"Eles tomaram decisões muito difíceis sobre transferência de pagamentos, subvenções, bem-estar, decisões realmente duras", disse. EFE

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