Bruxelas, 7 jun (EFE).- A Comissão Europeia (CE) anunciou hoje
uma contribuição no valor de 46 milhões de euros ao Programa Mundial
de Alimentos, para atender a emergência humanitária no Sudão.
A comissária europeia de Ajuda Humanitária, Kristalina Georgieva,
e o diretor do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Josette Sheeran,
apresentaram hoje em Roma este acordo, o maior financiamento
assinado até hoje pelos dois organismos.
O dinheiro será utilizado para proporcionar ajuda alimentícia à
população da região de Darfur e do sul do Sudão.
"As necessidades humanitárias no Sudão dispararam, portanto é
vital mobilizar fundos adicionais", ressaltou Georgieva em
comunicado.
A comissária ficou "preocupada" com a situação dos civis afetados
pelos combates recentes em algumas partes do oeste e do sul de
Darfur, em particular em Jbeil Marra, que obrigaram milhares de
pessoas a se deslocar.
A crise humanitária no Sudão é complexa, dada à persistência de
conflitos internos e além das fronteiras que fazem com que milhões
de pessoas sigam dependendo da ajuda alimentícia.
Estes 46 milhões de euros fazem parte do Plano Global para o
Sudão, aprovado este ano, que conta com um orçamento de 114 milhões
de euros.
Por outro lado, a CE também anunciou hoje em comunicado que se
reunirá amanhã com a Comissão da União Africana (UA) para reforçar
sua cooperação institucional e impulsionar o plano de ação da
estratégia União Europeia (UE)-África 2008-2010, com medidas
concretas para apoiar o desenvolvimento do continente.
Este encontro, que acontece em Adis-Abeba, contou com a
participação do presidente da CE, José Manuel Durão Barroso,
acompanhado de oito comissários: de Indústria, Antonio Tajani; de
Meio ambiente, Janez Potocnic; de Desenvolvimento, Andris Piebalgs;
de Energia, Günter Oettinger; de Ampliação, Stefan Füle; de
Agricultura, Dacian Ciolos; de Comércio, Karel de Gucht, e a própria
Georgieva.
Os participantes também dedicaram tempo para preparar a terceira
cúpula entre os dois continentes, que será realizada nos dias 29 e
30 de novembro, assim como avançar no desenho do plano de ação
conjunto para o período 2011-2013. EFE