Londres, 25 abr (EFE).- O diretor-executivo do Chelsea, Ron Gourlay, afirmou nesta quarta-feira que o clube não conseguirá se manter na elite do futebol europeu se não trocar Stamford Bridge por um estádio mais moderno e de maior capacidade.
O envelhecido estádio londrino de Chelsea, um dos bairros mais importantes da capital britânica, tem uma capacidade próxima a 40 mil espectadores, muito menor que outros de grandes clubes europeus.
Essa capacidade reduzida representa uma diminuição significativa nas receitas geradas pelo clube com a venda de ingressos, algo que, segundo Gourlay, torna insustentável que a equipe se classifique para muitas outras finais de Liga dos Campeões.
Um dia após os 'Blues' terem se classificado para a segunda decisão de Liga de sua história ao empatar em 2 a 2 com o Barcelona, depois de ter vencido o jogo de ida por 1 a 0, o diretor-executivo ressaltou: "é imprescindível encontrar vias de receitas que permitam investir na equipe e continuar progredindo".
O projeto da diretoria de deixar Stamford Bridge é antigo, mas sempre esbarra em um mesmo obstáculo: os torcedores do clube, que são os proprietários do estádio e que se negam a vendê-lo.
Em 1997, a sociedade sem fins lucrativos Chelsea Pitch Owners ("Proprietários do Campo do Chelsea", em tradução livre), formada por torcedores locais, aproveitou um momento de dificuldades econômicas do clube para comprar tanto o Stamford Bridge quanto os direitos do nome "Chelsea Football Club".
A intenção deles era evitar que uma diretoria necessitada de dinheiro em caixa decidisse vender um estádio que consideram patrimônio de todos os torcedores do clube.
Assim, a junta de Abramovich precisaria do apoio de 75% dessa sociedade para vender o estádio, algo que já tentou conseguir, sem sucesso, em 2011, quando apenas 61,5% dos Chelsea Pitch Owners se mostraram a favor de vender um terreno com alto valor de mercado.
A proposta dos torcedores é reformar o atual Stamford Bridge para ampliar sua capacidade, uma opção que a atual direção rejeita por ser cara demais e requerer mais tempo que a construção de um novo estádio. EFE