China combate mancha incontrolada de 1,5 mil ton de petróleo no mar

Publicado 19.07.2010, 08:38

Pequim, 19 jul (EFE).- A China luta para conter o vazamento incontrolado de 1,5 mil toneladas de petróleo que está vertendo de dois oleodutos, formando uma mancha de quase cem quilômetros quadrados na superfície perto do litoral de Dalian, ao nordeste de país.

Mais de 20 navios que trabalham na extração do petróleo já retiraram 50 toneladas e estenderam ao longo de sete quilômetros redes e bóias para conter o vazamento, segundo informou hoje o jornal oficial "Diário do Povo".

A mancha se situa na superfície da zona na qual confluem o mar de Bohai e o Mar Amarelo, que separam a China da península da Coreia.

Os analistas temem que a contaminação aumente. O departamento de Proteção Ambiental de Dalian colocou 30 de bloqueadores para evitar que a contaminação se expanda.

"Ainda não foi atingida a área mais turística e a de praia", assegurou o subdiretor de Proteção Ambiental da cidade, Wu Guogong, quem acrescentou que, apesar de restos de petróleo terem chegado à costa, em três quilômetros ao redor da zona afetada não há imóveis.

A maré negra é consequência de um incêndio que afetou dois oleodutos de propriedade da gigante estatal China National Petroleum Corp. (CNPC) e do porto de mercadorias Xingang em Dalian, embora não tenha provocado danos pessoais.

Pelas primeiras investigações, na sexta-feira foi registrada uma explosão em um oleoduto próximo ao porto, cujas chamas se propagaram para outro encanamento que transcorre paralelo ao primeiro e causaram ao menos outras cinco pequenas detonações.

Em comunicado, o porto de Dalian informou que os danos na infraestrutura marítima são limitados, embora as operações nos píers de petróleo permaneçam fechadas.

O acidente ocorreu logo após deixar ao local um petroleiro com bandeira liberiana que descarregou por meio dos condutos 300 mil toneladas de petróleo.

As autoridades chinesas bloquearam a embarcação para investigação, embora não descartem que esta seja a causa direta da maré negra.

A poluição preocupa o Governo. O presidente, Hu Jintao e o primeiro-ministro, Wen Jiabao, deram ordens diretas de investigar o acidente.

"Uma equipe de investigação foi formada no domingo pela manhã para analisar a explosão, mas a causa ainda não foi determinada", indicou Sun Benqiang, subdiretor do escritório municipal de Segurança do Trabalho de Dalian.

Outros meios chineses apontam que uma operação "inadequada" de transposição do petróleo a partir do navio para terra aparece como a razão mais provável do desastre.

Por sua vez, a companhia petrolífera CNPC prometeu "fazer todo o possível" para reduzir o impacto do acidente, assegurou que as válvulas dos oleodutos foram fechadas e que já não são registrados vazamentos.

Dalian é uma importante cidade litorânea do nordeste da China, com mais de 6 milhões de habitantes, e conta com o segundo maior porto de mercadorias do gigante asiático.

Os vazamentos de petróleo, embora de pequeno volume, são recorrentes no país asiático: neste mesmo ano já ocorreram ao menos dois incidentes similares.

Em maio, a ruptura de um oleoduto da companhia petrolífera estatal chinesa Sinopec derramou 240 toneladas de petróleo em campos de cultivo e estradas da litorânea província oriental de Shandong.

No mês de janeiro, um vazamento em um oleoduto também de propriedade de CNPC contaminou 33 quilômetros do rio Wei, na província noroeste chinesa de Shaanxi.

China é um dos países mais poluídos do mundo devido a sua veloz industrialização que transformou o país asiático na terceira potência econômica em menos de três décadas.

Pelos dados não atualizados do Ministério do Meio Ambiente, 20% das águas dos rios chineses não são aptas ao consumo humano e 60% do litoral também está poluído.

A administração estatal oceânica divulgou no ano passado que a poluição chegava a quase todo o litoral chinês, com 83% da costa afetada. EFE

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.