CNI: 69% das indústrias brasileiras sofrem falta de mão de obra qualificada

Publicado 06.04.2011, 14:43
Atualizado 06.04.2011, 15:37

Rio de Janeiro, 6 abr (EFE).- Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) publicada nesta quarta-feira indica que 69% das indústrias brasileiras se queixam de problemas para encontrar mão de obra qualificada no mercado de trabalho.

A falta de trabalhadores qualificados afeta sobretudo as pequenas e médias empresas, nas quais o déficit de profissionais chega a 70%, enquanto, entre as grandes companhias, este índice é de 63%, informa a CNI em comunicado.

O impacto das carências do mercado de trabalho é mais agudo nos setores de vestuário (84%), equipamentos de transporte (83%), limpeza e perfumaria (82%) e móveis (80%).

A grande maioria dos entrevistados (78%) diz que tenta solucionar o problema dividindo cursos de capacitação profissional dentro da empresa, enquanto 33% pagam cursos de capacitação a seus funcionários em instituições externas.

Quatro em cada dez companhias indicam que reforçaram suas políticas de retenção de cérebros, isto é, mantendo os melhores profissionais para evitar que eles mudem de emprego após investimentos em sua formação.

A situação se agrava nos setores farmacêutico, alimentício e calçadista, nos quais os industriais disseram que carecem de mecanismos internos para formar os profissionais.

As empresas afetadas coincidiram que a falta de mão de obra qualificada repercute em sua competitividade e quase a metade delas consideraram ser um fator que dificulta o aumento de sua capacidade produtiva.

As causas das carências na formação profissional estão principalmente na má qualidade da educação básica e na falta de interesse dos trabalhadores, segundo os entrevistados.

"O que chama a atenção é que as empresas estão sentindo as mesmas dificuldades que os cursos de capacitação já tinham detectado, que é a pouca qualidade da educação básica", afirmou o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, que divulgou o estudo.

A pesquisa foi realizada pela CNI baseada em entrevistas com 1.616 empresários de todo o país ao longo do mês de janeiro. EFE

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