Copenhague, 13 mar (EFE).- O comércio mundial de armas convencionais cresceu 24% no período 2006-2010 em relação aos cinco anos anteriores, segundo um relatório divulgado neste domingo pelo Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês).
O documento revela que os Estados Unidos mantêm sua hegemonia como principal exportador de armas, enquanto a Índia se tornou o principal importador.
Os cinco maiores exportadores mundiais detiveram 75% do total das vendas no período, embora mais da metade do total corresponda apenas a EUA e Rússia.
A lista é liderada pelos EUA, com 30% das vendas a 75 países.
Em segundo lugar aparece a Rússia, com 23%, e com a Índia como importadora de um terço dessas armas.
A Rússia é seguida por Alemanha, que aumentou sua parcela de 7% para 11%; França, com 8%; e Reino Unido, com 4%.
"Há uma intensa competição entre os principais fornecedores por grandes negócios em Ásia, Oriente Médio, África do Norte e América Latina", disse em comunicado Paul Holtom, diretor do programa de transferência de armas do Sipri.
A ascensão da Índia ao topo da lista de maiores importadores de armas, com 9% do total das compras, obedece a fatores como a rivalidade com a China e o Paquistão e a desafios de segurança interna, disse Siemon Wezeman, especialista do Sipri.
Após a Índia se situam China e Coreia do Sul, com 6% cada uma; Paquistão, com 5%, e Grécia, com 4%.
Embora a lista dos cinco principais importadores se mantenha estável nos últimos anos, sua cota no mercado global caiu de 39% para 30% no período.
Ásia e Oceania representaram no período indicado 43% do total de importações, seguidas por Europa, com 21%; Oriente Médio, com 17%; América, com 12%, e África, com 7%.
No conjunto da América, que aumentou sua parcela mundial de 9% para 12%, os EUA foram o principal importador, enquanto na América do Sul o Chile se manteve no topo.
O Sipri ressaltou em seu relatório que vários países da região estão realizando "programas de modernização significativos" de suas forças armadas, entre os quais destacou Chile, Brasil e Venezuela, além de, em menor escala, Argentina, Colômbia e Peru. EFE