Bruxelas, 8 ago (EFE).- A Comissão Europeia considera que as declarações emitidas nas últimas horas pelo Grupo dos Sete, Grupo dos Vinte, Banco Central Europeu (BCE) e diferentes estados-membros da União Europeia "caminham em boa direção" e enviam uma "forte mensagem de confiança aos mercados.
A avaliação foi feita pelo porta-voz da Comissão Europeia Oliver Bailly. O G7 - formado pelos Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Japão - reforçou nesta segunda-feira seu compromisso de cooperação para garantir a estabilidade dos mercados financeiros, enquanto o G20 - que reúne as economias ricas e as principais emergentes - ressaltou seu compromisso de "tomar todas as medidas" de maneira ordenada para apoiar a estabilidade financeira e promover um maior crescimento econômico.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, consideraram nesta segunda-feira "essencial" a aplicação de forma "rápida e completa" das medidas anunciadas pela Itália e a Espanha, e asseguraram que seus países terão superados os trâmites de ratificação dos acordos dos líderes da zona do euro de 21 de julho antes do fim de setembro.
Na cúpula, os líderes definiram os detalhes do segundo resgate à Grécia e deram maiores poderes ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira para que este pudesse prevenir e capitalizar bancos e comprar bônus no mercado secundário.
Com relação à proposta do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, de aumentar o tamanho do fundo e do Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) que substituirá em 1º de julho de 2013, Bailly não quis comentar qualquer número ou data do aumento do fundo, ao que se opõe taxativamente Berlim.
"O mais rápido possível é a data adequada", assinalou, em referência à modificação do fundo.
O BCE informou no domingo que vai comprar a dívida soberana da Espanha e da Itália para evitar contágio da crise do endividamento aos demais países.
"Confiamos nas medidas que estão sendo adotadas para garantir a estabilidade financeira da zona do euro", afirmou Bailly a respeito.
O porta-voz reiterou, no entanto, que "não vê necessidade de apoio financeiro à Itália e a Espanha" e louvou os anúncios dos respectivos Governos desses dois países que impulsionarão mais medidas para alcançar a consolidação fiscal.
"Confiamos que estas medidas serão suficientes para garantir a estabilidade financeira", assinalou Bailly.
O Governo espanhol aprovará neste mês medidas para escorar o cumprimento do objetivo de déficit, entre elas aumentar neste mesmo ano os pagamentos em conta para grandes empresas e flexibilizar o contrato de tempo parcial, e prevê concordar com as comunidades autônomas que a regra de despesa esteja pronta em setembro. EFE