BBAS3: Por que as ações do Banco do Brasil subiram hoje?
Em um ano difícil para as ações brasileiras, apenas 17 ações das 63 listadas no Ibovespa renderam acima da inflação até o fechamento desta terça-feira (22/12). O principal papel do ano foi a Braskem PNA (SA:BRKM5) que garantiu 70,7% de ganhos ao investidor que segurou a ação durante todo o ano.
Na abertura do ano, a Braskem era negociada a R$ 16,51 e, com os efeitos da Lava Jato, chegou a bater na mínima de R$ 9,56, antes de se recuperar até R$ 28,38 no fechamento do pregão de ontem. A empresa se beneficia do ambiente de dólar elevado e barril de petróleo em baixa, mas a indecisão em relação ao novo contrato de nafta com a Petrobras (SA:PETR4) ainda traz incertezas para os investidores.
Também surfando na alta do dólar, a Suzano (SA:SUZB5), Fibria (SA:FIBR3) e Klabin (SA:KLBN11) aparecem, respectivamente, como segunda, terceira e quarta maiores rentabilidades no ano. A Suzano soma alta de 65%, seguida de Fibria com 58% e a Klabin, 55%.
Os bons resultados da Raia Drogasil (SA:RADL3) garantiram à empresa o quinto lugar com retorno de 38% aos acionistas. A EDP (SA:ENBR3) Energias do Brasil vem na sequência com ganhos de 35,5%, seguida por Hypermarcas (SA:HYPE3), +28%, e Equatorial (SA:EQTL3) com 27%. Fechando o top 10 da bolsa neste ano com rentabilidade de +24% está o Santander e, por fim, a Ultrapar (SA:UGPA3) com 23%.
Decepções do ano
A principal perda do ano é carregada pela Metalurgica Gerdau (SA:GOAU4) com resultado negativo de 86%. A produção, especialmente de aços longos, foi seriamente afetada pela crise brasileira, com forte desaceleração na construção. A empresa também sofre com o envolvimento nas investigações da operação Zelotes da Polícia Federal.
A Gol (SA:GOLL4) também sofreu com a crise externa e o preço do combustível neste ano e acumula perdas de 83,5%. A Oi (SA:OIBR4) é o terceiro pior resultado do ano com rendimento negativo em 75,5%, seguida de Usiminas (SA:USIM5) com -70%.
A Rumo (SA:RUMO3) sofreu perdas de 65,5% e amarga o quinto lugar nos piores resultados do ano. O Bradespar (SA:BRAP4) ocupa a sexta posição com -63,5%, seguido do Pão de Açúcar (SA:PCAR4), com -57%, e da Cemig (SA:CMIG4) com -53%. Fecham o ranking a Gerdau PN com -49,5% e a Ecorodovias (SA:ECOR3) com -49%.
Índices setoriais no negativo
Os índices setoriais refletiram o péssimo ano da economia brasileira e operaram no negativo, com a exceção do Industrial (INDX), que contabilizou ganhos de 5%, abaixo da inflação. O INDX conta com as principais altas do ano – Braskem e celulose – que conseguiram compensar o péssimo ano das siderúrgicas.
A principal perda foi no setor Índice Imobiliário (Imob) com queda de 20,4%, seguido do de Utilidade Pública (UTIL) com -13,7%. Os índices de Energia Elétrica (IEE) e Financeiro (IFNC) perderam 12% desde janeiro. As ações de Consumo (ICON) caíram 6,6% e o de Materiais Básicos (IMAT), 3,7%.