Seul, 12 mai (EFE).- A Coreia do Norte anunciou nesta
quarta-feira que conseguiu com sucesso desenvolver fusão nuclear, um
"ponto de inflexão" na criação de uma nova fonte energética, segundo
o jornal norte-coreano "Rodong Sinmun" citado pela agência oficial
de notícias local "KCNA".
Em sua primeira página, o jornal confirma que o "êxito da fusão
nuclear é um grande acontecimento que demonstra a alta tecnologia
que está progredindo na Coreia do Norte", apesar da comunidade
internacional se opor ao desenvolvimento nuclear do regime de Kim
Jong-il pela possibilidade de sua utilização para armamento.
O "Rodong Sinmun", jornal do partido dos trabalhadores
norte-coreano, diz, além disso, que a tecnologia de fusão nuclear
foi desenvolvida por cientistas norte-coreanos depois que os
próprios solucionaram os problemas que apareceram durante o
processo.
Ainda de acordo com a publicação, esta tecnologia é o centro de
atenção da comunidade científica mundial, pois respeita o meio
ambiente, e a Coreia do Norte conseguiu uma saída para desenvolver
uma nova fonte de energia.
No entanto, as reações de fusão nuclear originam explosões
termonucleares, como as causadas por bombas de hidrogênio, e os
progressos foram moderados em todo o mundo devido à dificuldade de
controle destas reações.
O anúncio norte-coreano chega em meio à estagnação das
negociações de seis lados sobre o desarmamento nuclear do regime
comunista, paralisadas desde o fim de 2008 por iniciativa de
Pyongyang e das quais participam as duas Coreias, China, Estados
Unidos, Japão e Rússia.
No entanto, em sua recente viagem a Pequim, o líder
norte-coreano, Kim Jong-il, disse que trabalhará com a China para
criar condições que favoreçam o reinício do diálogo multilateral.
A Coreia do Norte se comprometeu em 2005 a desmantelar seu
programa nuclear em troca de ajuda econômica e de outros incentivos
diplomáticos, mas sua promessa segue "no ar" devido à paralisação do
diálogo.
Acredita-se que a Coreia do Norte tenha plutônio suficiente para
fabricar seis bombas atômicas, segundo a agência sul-coreana de
notícias "Yonhap". EFE